A informação foi revelada à Lusa por Isabel Tavares, dirigente da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores Têxteis (Fesete/CGTP-IN), que admite avançar para processo criminal contra a empresa de confecção Prisma Paraíso, em Oliveira de Azeméis, após consulta do processo de insolvência, por defender que os proprietários dessa empresa estão a cometer uma ilegalidade «descarada».
«Estes patrões já têm um historial de irregularidades e o argumento de que o despedimento se deve a problemas relacionados com a pandemia é uma grande aldrabice, porque não lhes faltam encomendas e as trabalhadoras andaram a fazer muitas horas extraordinárias nas últimas semanas», disse a dirigente.
As operárias queixam-se de não ter sido paga a indemnização pelos anos de trabalho. Júlia Freitas, 60 anos, que já lá trabalhava há 26, prestou declarações ao Jornal de Notícias, frente ao Centro de Emprego de S. João da Madeira ao lado de dezenas de colegas: «Durante o trabalho já os tínhamos visto a levarem máquinas. Mandaram-nos de férias e na sexta-feira, vimos que eles andavam lá à noite, de lanterna, a levar tudo oque podiam.»
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