Estão a faltar 13 funcionários

Escola Pedro Eanes Lobo a funcionar no limite

Por falta de assistentes operacionais, a direcção da escola EB 2/3 Pedro Eanes Lobo ponderou dar aulas num sistema de rotatividade de dias entre os ciclos. A promessa do Ministério da Educação evitou que esta medida avançasse.

 Escola EB 2/3 Pedro Eanes Lobo, localizada na Amora, concelho do Seixal
Créditos / Câmara Municipal do Seixal

A escola EB 2/3 Eanes Lobo, localizada na Amora, concelho do Seixal, continua a funcionar no limite. Um comunicado da direcção lançado no dia 19 de Janeiro punha a nu a situação da escola: «Considerando não estarem garantidas as condições mínimas de prestação de serviços educativos e de segurança dos alunos na escola, por motivo de um número insuficiente de assistentes operacionais no Agrupamento, a escola EB 2/3 Pedro Eanes Lobo vai garantir as aulas às turmas em regime de rotatividade», ditando um calendário em que o 2.º e o 3.º ciclos teriam aulas em diferentes dias.

Ao todo faltam sete funcionários a tempo inteiro e seis a tempo parcial. No final do mês de Dezembro terminaram os contratos de seis assistentes operacionais, tendo a directora pedido a sua substituição. Desde o início do ano lectivo, a escola também perdeu outros sete assistentes devido a situações relacionadas com baixas médicas.

Ao todo faltam sete funcionários a tempo inteiro e seis a tempo parcial.

A medida acabou por não se concretizar, tendo em conta que o Ministério da Educação confirmou estar a procurar uma solução rápida. Num novo comunicado, a direcção comunica que as aulas afinal estão a decorrer com normalidade, uma vez que «a Direcção Geral de Estabelecimentos Escolares se encontra a desenvolver todos os procedimentos com vista a solucionar a falta de assistentes operacionais neste Agrupamento».

O Jornal de Notícias deu conta de que, com a falta de vigilância, têm aumentado os episódios de criminalidade no recinto escolar. A papelaria é outro exemplo específico: apenas está aberta das 9h às 12h, tempo limitado para as necessidades da comunidade educativa.

A Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais tem convocada para o dia 3 de Fevereiro uma greve dos trabalhadores não docentes das escolas e jardins-de-infância, em protesto contra a precariedade laboral e pela exigência de abertura de novas vagas para cerca de três mil funcionários, de modo a «garantir uma escola pública de qualidade» e «uma profissão de qualidade». Para melhor compreender o fenómeno da redução dos trabalhadores nas escolas, a federação sindical tinha revelado que em 2014 eram 60 mil funcionários e em 2017 são 49 mil.

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