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Fenprof: «a luta dos professores permitiu chegarmos onde chegámos»

A Fenprof afirmou esta sexta-feira que a «perseverante luta» dos profissionais foi decisiva para travar o apagão do Governo, culminado na aprovação no Parlamento da contagem total do tempo congelado.

CréditosTIAGO PETINGA / LUSA

«Uma luta que não terminou, pois novos processos negociais se abrem, quando, para o Governo, tudo estava terminado com o apagão de seis anos e meio», assinala a Federação Nacional dos Professores (Fenprof/CGTP-IN) num comunicado.

Para a Fenprof, «a perseverante luta dos professores e educadores foi decisiva» para o desfecho do processo, no qual o Governo, que se manteve «sempre intransigente», sai derrotado, e para que a Assembleia da República tenha reconhecido que todo o tempo que esteve congelado (nove anos, 4 meses e dois dias) é para recuperar.

Sublinhando que «os professores e educadores mereciam que o seu trabalho fosse integralmente reconhecido e contabilizado», a federação sindical saúda ainda todos os partidos que, apesar das suas divergências, convergiram no sentido de reconhecer o mérito dos profissionais.

«Num processo que nunca foi – nem passará a ser – fácil e que requer uma grande persistência, fizeram bem os professores e os sindicalistas docentes em não terem abandonado o que é de justiça, simbolizado naquele crachá que tanto agaste provocou num ministro que se confirmou política e negocialmente incapaz», lê-se.

«Luta dos professores não acaba aqui»

No comunicado, a Fenprof critica ainda à reacção do Executivo PS e do primeiro-ministro à aprovação da contagem integral do tempo, acusando estes de voltarem a uma «nova campanha de insultos e insinuações», depois de, no passado, já terem «entrado em chantagem», bloqueado a negociação e transformado-a numa «farsa».

Por outro lado, a Fenprof adverte que a «luta dos professores não acaba aqui», em referência ao facto de que as alterações ao decreto do Governo, por insistência do PSD e CDS, voltarem a obrigar os sindicatos a negociar com o Executivo do PS o calendário da recuperação dos seis anos e meio, entre outras matérias.

Relativamente às acções de luta que estavam previstas para o final do ano lectivo, a federação assinala que reunirá a 9 e 10 de Maio no sentido de tomar uma posição, acrescentando que «a decisão final resultará do que for entendido pelo conjunto das dez organizações que têm estado unidas neste processo». 

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