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Trabalhadores exigem melhores condições perante lucros milionários

Fiequimetal arranca mês de luta com desfile em Lisboa

Esta quinta-feira, a Fiequimetal promove um desfile nacional em Lisboa, uma iniciativa inserida numa campanha alargada de acções durante o mês de Março pelo aumento dos salários, horários humanizados e combate efectivo à precariedade.

Protesto dos trabalhadores da refinaria de Sines a 26 Janeiro, junto à sede da Galp em Lisboa, em defesa dos seus postos de trabalho
CréditosMiguel A. Lopes / Agência Lusa

«Março vai ser mês de esclarecimento, acção e luta». Quem o diz é a Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Eléctricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas (Fiequimetal/CGTP-IN).

A campanha nacional da Fiequimetal arranca esta tarde com várias acções de protesto em Lisboa, nas quais serão entregues as reivindicações dos trabalhadores a duas associações patronais do sector (Groquifar e ANIMEE) e ao Governo. Está ainda marcado um protesto junto à sede da EDP, que se recusa «a evoluir na negociação dos aumentos salariais para 2018». 

Entre as reivindicações, os trabalhadores exigem «aumentos salariais, horários de tra­balho humanizados que respeitem a conciliação entre o trabalho e a vida pessoal e familiar, melhoria das condições de trabalho, combate efectivo à precariedade e maior respeito pelos direitos laborais».

Em comunicado, a federação intersindical aponta que as principais empresas da Indústria, em Portugal, apresentaram resultados líquidos bastante elevados em 2017, destacando os 602 milhões da Galp e os 1386 milhões de euros da EDP, dos quais «só uma parte muito pequena reverte para os trabalhadores».

Além disso, a Fiequimetal acusa as associações patronais e as grandes empresas de, perante a necessidade de aumentos, bloquearem a negociação colectiva, usando a caducidade dos contratos a seu favor como chantagem e exigindo «um porco para darem um chouriço» em troca.

Mês de esclarecimento e de constestação

Outras iniciativas irão decorrer ao longo de Março por todo o País e de forma mais abrangente. É o caso do «Roteiro contra a Precariedade», um conjunto de ini­ciativas nas quais vão ser denunciados os contratos ilegais e a precariedade, e exigidos vínculos efectivos para quem desempenha funções permanentes.

Entre 5 e 9 de Março decorrerá a «Semana da Igualdade», um conjunto de acções junto de várias empresas contra a discriminação das mulheres trabalhadoras, por salário igual entre géneros e pelo respeito dos direitos reconhecidos.

No plano da Juventude, está planeada a manifestação nacional da Interjovem, a 28 de Março (Dia Nacional da Juventude), que contará com um plano de iniciativas de mobilização para a marcha e com um pré-aviso de greve.

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