A Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Eléctricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas (Fiequimetal) expressou hoje total solidariedade com os trabalhadores da Volkswagen na Alemanha, em greve para defender os postos de trabalho e direitos. A mesma enviou uma moção de apoio ao sindicato IG Metall, destacando a luta contra cortes salariais e pela manutenção de postos de trabalho.
Desde ontem, os trabalhadores do grupo automóvel realizam greves intermitentes de duas horas em nove das dez fábricas de montagem da Volkswagen. A acção surge em resposta ao que classificam como políticas de corte irresponsáveis da administração, mesmo com os lucros elevados registados pelo grupo.
Na sua moção, a Fiequimetal criticou duramente a administração da Volkswagen, apontando uma «obsessão pelo lucro imediato» e a falta de medidas para garantir o futuro das fábricas e dos trabalhadores. «Os lucros devem ser reinvestidos para assegurar a continuidade das operações e a estabilidade dos trabalhadores que, ao longo dos anos, têm gerado riqueza para o grupo», afirmou a federação.
A Fiequimetal ainda exortou a administração da Volkswagen a mudar de postura nas negociações agendadas para o dia 9 de Dezembro, defendendo os postos de trabalho e as condições dos mesmos. «É inaceitável que aqueles que contribuíram para os fabulosos lucros do grupo sejam agora ameaçados com cortes e perda de direitos», reiterou a estrutura sindical.
Apoio à luta e críticas ao patronato marcaram a mensagem da Fiequimetal, que considera a mobilização dos trabalhadores uma resposta justa e necessária para combater ameaças aos direitos conquistados.
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