A greve em defesa do acordo de empresa entre o banco público e o Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do Grupo CGD (STEC) foi agendada para 24 de Agosto, em resposta à intenção da administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD).
A comissão executiva do banco apresentou uma proposta para um novo acordo de empresa através da qual, segundo um comunicado do STEC, se pretende retirar aos trabalhadores o direito aos prémios por antiguidade e as diuturnidades, e atacar as carreiras profissionais.
A intenção da administração liderada pelo ex-ministro Paulo Macedo é, através da denúncia da convenção assinada com o STEC, usar o contrato colectivo do sector negociado pelos sindicatos da UGT, com um nível de protecção de direitos dos trabalhadores muito inferior, para forçar a negociação de um novo acordo. Ao que o AbrilAbril apurou, a primeira proposta será mesmo pior, em algumas matérias, do que o contrato colectivo da UGT.
Recorde-se que terminou recentemente a moratória aos pedidos de denúncia das convenções colectivas, e as alterações nesta matéria que foram incluídas no acordo assinado entre o Governo, o patronato e a UGT, e viabilizado no Parlamento por PSD, PS, CDS-PP e PAN, não revogam essa possibilidade.
O intenção da administração foi comunicada na véspera do anúncio dos resultados do banco no primeiro semestre, em que os lucros ultrapassaram os 190 milhões de euros: um valor que, lembra o STEC, só foi possível devido ao «trabalho esforçado, empenhado e digno» dos bancários da CGD.
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