A paralisação de amanhã foi convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do Grupo Caixa Geral de Depósitos (STEC) e o Sindicato dos Trabalhadores da Actividade Financeira (Sintaf/CGTP-IN).
Os trabalhadores estão contra a denúncia do acordo de empresa pela Caixa, realizada pela administração liderada por Paulo Macedo, a pretexto da uma «necessidade de aproximar as condições laborais do banco público às da restante banca», o que diz ser uma «situação de desvantagem concorrencial».
Por sua vez, o STEC considera que a denúncia do acordo empresa «constitui uma verdadeira declaração de guerra aos trabalhadores».
«Depois de protelar sucessivamente as negociações de revisão da tabela salarial (em vigor desde 2010), a Caixa, manifestando má fé negocial, apresentou uma proposta arrasadora» onde elimina a carreira profissional, as anuidades, o prémio de antiguidade, como também desregula os horários, aumenta a polivalência de funções e dificultar o acesso ao crédito à habitação.
A intenção da administração liderada pelo ex-ministro Paulo Macedo é, através da denúncia da convenção assinada com o STEC, usar o contrato colectivo do sector negociado pelos sindicatos da UGT, com um nível de protecção de direitos dos trabalhadores muito inferior, para forçar a negociação de um novo acordo. Ao que o AbrilAbril apurou, a primeira proposta será mesmo pior, em algumas matérias, do que o contrato colectivo da UGT.
A decisão da administração foi comunicada na véspera do anúncio dos resultados do banco no primeiro semestre, em que os lucros ultrapassaram os 190 milhões de euros: um valor que, lembra o STEC, só foi possível devido ao «trabalho esforçado, empenhado e digno» dos bancários da CGD.
Ainda no primeiro trimestre deste ano, mais de 400 trabalhadores saíram da Caixa Geral de Depósitos, ao abrigo do programa de rescisões por mútuo acordo e de reformas antecipadas, com o acrescento das dezenas de balcões fechados por todo o País ao longo do ano.
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