Depois das decisões tomadas em plenários pelos trabalhadores da Amarsul e da Algar, o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Sul (SITE Sul/CGTP-IN) dá andamento aos pré-avisos de greve e ao trabalho de mobilização de todos para a luta pela valorização dos salários e demais reivindicações, informa a Fiequimetal.
Ambas as empresas pertencem ao Grupo EGF (Mota-Engil), responsável pela recolha, transporte, tratamento e valorização de resíduos urbanos em grande parte do País. Na Algar, a greve terá lugar nos dias 29 e 30 de Novembro, e abrange também o trabalho suplementar entre 27 de Novembro e 1 de Dezembro.
O descontentamento e mal-estar dos trabalhadores face à recusa de aumentos salariais tornou-se maior quando a administração decidiu realizar reclassificações e enquadramentos só para alguns, segundo revelou o sindicato ao anunciar que estava formalizada a convocação da greve, que havia sido decidida em plenários realizados nos dias 25, 26 e 27 de Outubro.
Mostrando que há dinheiro, a administração da Algar deu ainda um «cartão reconhecimento» de 60 euros, para gastar em lojas do Continente, medida que o SITE Sul considera injusta, defendendo que esse valor deveria ser incluído nos salários.
Com o intuito de ainda evitar a greve, a organização sindical enviou as conclusões dos plenários à administração, reafirmando a total disponibilidade para negociar e chegar a um entendimento.
Para os dois dias da luta, às 7h, foram marcadas concentrações à entrada da estação de transferência Faro-Loulé e do aterro sanitário do Barlavento, em Portimão.
No que respeita aos trabalhadores da Amarsul, o SITE Sul e o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional (STAL/CGTP-IN) avançaram esta sexta-feira com o pré-aviso de greve.
Reunidos em plenário geral no passado dia 9, na Biblioteca Municipal de Palmela, os trabalhadores da empresa decidiram marcar uma greve de cinco dias, das 0h de 29 de Novembro às 24h de 3 de Dezembro.
Vão igualmente fazer greve a todo o trabalho suplementar, entre as 0h de 27 de Novembro e as 24h de 4 de Dezembro.
Os trabalhadores exigem, entre outros aspectos, o aumentos geral dos salários, a vinculação dos trabalhadores precários, o direito ao gozo de férias por um período mínimo de 25 dias úteis anuais, a criação e regulamentação de um subsídio de insalubridade, penosidade e risco, bem como de um subsídio de risco rodoviário.
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