O compromisso resultou de uma reunião que juntou, esta quarta-feira, o Sindicato de Hotelaria do Norte (CGTP-IN), os trabalhadores e os proprietários da Cervejaria Galiza na Direcção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho.
A possibilidade de insolvência já estava a ser desenhada há muito tempo e não deixa os trabalhadores «contentes», disse ao Público, Nuno Coelho, dirigente do sindicato. No entanto, e tendo em conta o contexto actual, parece ser o caminho «possível e mais adequado», afirmou.
Prevê-se agora a realização de uma assembleia de credores onde se fará um leilão de venda do estabelecimento. A empresa garante que as três dezenas de trabalhadores ficam incluídos no negócio que se venha a realizar.
Durante todo o processo, a cervejaria não deverá encerrar, a Segurança Social não tem de assegurar os subsídios de desemprego e fica com a garantia de que a dívida poderá ser paga, assim como os trabalhadores mantêm o seu ordenado.
Ao longo destes meses, além do trabalho habitual, os trabalhadores cumpriram tarefas como a compra de alimentos e gestão de contas e, no início do processo, chegaram mesmo a dormir no estabelecimento para garantir que o mesmo não seria encerrado.
A resistência dos trabalhadores da Galiza gerou no Porto e no País uma vaga de solidariedade, com visitas de várias personalidades.
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