Ao segundo dia de lay-off, a Rauschert, multinacional alemã do sector da cerâmica técnica sediada em Cascais, comunicou para os e-mails pessoais dos trabalhadores que retomaria hoje o trabalho «com toda a normalidade».
Em nota divulgada pelo o Sindicato dos Trabalhadores de Cerâmica e Construção do Sul e Regiões Autónomas (STCCMCS/CGTP-IN), uma vez que a empresa tinha imposto o lay-off a 6 de Abril, esta decisão «revela bem a leviandade e a ausência de ponderação e fundamentação com que muitas empresas estão a recorrer a esta medida profundamente lesiva dos rendimentos e direitos dos trabalhadores».
A empresa alegou uma «alteração de circunstâncias» devido à retoma da actividade prevista de clientes em Itália e Espanha, não tendo até ao momento procedido a comunicação formal ao sindicato nem respondido ao ofício enviado anteriormente em que este se opunha ao processo de lay-off. Para a estrutura sindical é evidente que se trata de um «aproveitamento patronal da situação».
«Desde a primeira hora, o sindicato em ligação com os trabalhadores, procedeu à denúncia pública deste processo e solicitou a urgente intervenção inspectiva da ACT [Autoridade para as Condições de Trabalho], que até agora nada disse», pode ler-se na nota.
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