Em contacto desenvolvido com os trabalhadores da Linha do Vouga, em particular com guardas de passagem de nível, o Sindicato Nacional dos Trabalhadores e do Sector Ferroviário (SNTSF/CGTP-IN) constatou «a existência de abrigos, junto das passagens de nível, sem o mínimo de condições de salubridade».
Um comunicado do SNTSF refere a permanência de abrigos «com coberturas de fibrocimento (com amianto)», material que, por provocar diversas doenças cancerígenas, teve a sua utilização formalmente proibida desde 2005 (decreto lei 101/25).
Tratam-se de espaços, descreve o sindicato, sem as mínimas condições «de uso e higiene», com «falta de climatização» e, mais grave, com «as telhas de fibrocimento velhas» e que «devido ao desgaste climatérico» se foram desfazendo e libertam «partículas prejudiciais à saúde».
O SNTSF considera «inaceitável» que, passados 15 anos sobre a proibição de uso do fibrocimento, nem a Refer nem a nova empresa resultante da fusão no sector ferroviário tenham «tomado providências afim de alterar esta situação e salvaguardar a saúde» dos trabalhadores, pelo que vai denunciar a situação junto da IP e da Autoridade para as Condições de Trabalho e exige a «reposição rápida das condições de trabalho e saúde nestes “abrigos” e a sua substituição».
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