«A TAP está a viver mais um importante momento de decisão do seu futuro», alerta a comissão de trabalhadores desta empresa, em comunicado.
Com a reestruturação imposta pela União Europeia, a ser planeada pela consultora americana Boston Consulting Group (a mesma que em 2016 ditou a sua redução), já se prevêem novos despedimentos.
Devido aos «perigos» que podem ser colocados a esta empresa estratégica, aos postos de trabalho e aos direitos laborais, os trabalhadores decidiram dinamizar um manifesto de defesa da TAP, que será apresentado esta tarde na entrada do Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa.
Um texto que «aponta a necessidade do poder político não continuar a ceder perante os interesses dos grupos económicos privados» e assumir «o desenvolvimento da empresa».
«O futuro da empresa não pode passar pela descaracterização da companhia, pela redução do número de trabalhadores ou pela precarização das relações laborais», pode ler-se no comunicado.
No manifesto sublinha-se que a TAP é uma das principais empresas exportadoras nacionais, que realizou no último ano mais de 3,4 mil milhões de euros em vendas e que dela dependem mais de mil pequenas e médias empresas nacionais com cerca de 1,3 mil milhões de euros de vendas. O documento refere ainda que a empresa emprega directamente mais de 10 mil trabalhadores (14 mil no grupo), que paga cerca de 700 milhões de euros em salários, dos quais entrega ao Estado em impostos e contribuições cerca de 300 milhões anuais.
São primeiros subscritores do manifesto «Por uma TAP pública ao serviço do País» vários trabalhadores da TAP e de várias empresas do sector aéreo, membros de organizações representativas de trabalhadores e diversas personalidades que «reconhecem a importância que a TAP tem para o País».
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