A decisão foi tomada numa reunião do Conselho Nacional da Federação Nacional dos Médicos, «após cuidada avaliação» do actual contexto, após rejeição da proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano.
Em comunicado enviado ao AbrilAbril, a FNAM afirma que quer «deixar bem claro que a degradação das condições do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e das condições laborais dos médicos mantém-se como um problema grave e com necessidade de resolução urgente».
A Federação esclarece que vai manter «todas as actividades de denúncia e de exigência de defesa dos direitos laborais dos médicos». Neste sentido, acrescenta que vai continuar a exigir, «com carácter urgente», a negociação do seu caderno reivindicativo a qualquer Governo que venha a resultar das próximas eleições, ressalvando que não hesitará em retomar, em qualquer momento, as medidas de luta que se venham a revelar necessárias.
Hoje também o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) decidiu suspender a greve que havia sido convocada a 13 de Outubro pelas duas estruturas (FNAM e SIM) em virtude da situação «insustentável» do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e pela melhoria das condições de trabalho e defesa da carreira, entre outras razões.
«A situação a que chegou o SNS e o nível a que estão a ser sujeitos em termos de condições de trabalho os médicos são insustentáveis, sendo que as propostas em relação ao Orçamento do Estado para os médicos e SNS são de tal modo insuficientes que mal merecem a nossa consideração», disse na altura aos jornalistas o presidente da FNAM, Noel Carrilho, no final de uma reunião dos dois sindicatos em Coimbra.
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