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Movimento dos Trabalhadores em Arquitectura quer fim de «relações laborais medíocres»

O movimento de arquitectos pretende unir um sector marcado pela precariedade. A primeira assembleia realizou-se no Porto e contou com cerca de 120 trabalhadores. 

Créditos / Movimento dos Trabalhadores em Arquitectura

No passado sábado, 26 de Outubro, cerca de 120 trabalhadores do sector reuniram-se na Associação de Jornalistas e Homens de Letras do Porto, para a primeira Assembleia Geral do Movimento dos Trabalhadores em Arquitectura (MTA).

No manifesto que esteve em discussão, o movimento apela à união de todos os que «não acreditam na inevitabilidade de relações laborais medíocres e precárias», afirmando que «a criação de uma plataforma de natureza sindical será o passo necessário» para atingirem os seus objectivos.

Num sector fortemente marcado pela precariedade, falsos recibos verdes, estágios não remunerados, incumprimento generalizado do Código de Trabalho, instabilidade profissional e baixos salários, estes trabalhadores reclamam o cumprimento da lei, da formação profissional e o estabelecimento de tabelas salariais e garantias de progressão na carreira.

Procurando «ocupar um espaço que está vazio» na defesa de todos os trabalhadores do sector da arquitectura, o movimento afirma que é necessário reconhecer «a natureza cada vez mais diversa e colectiva» deste ofício, em cuja concepção e execução intervêm profissionais de várias áreas, e deixar de reduzir «o fruto desse trabalho à caricatura de 'um gesto' saído da mão de 'um mestre'».

«Exigimos condições de trabalho dignas, que ultrapassem em larga medida as garantias elementares de justiça previstas na lei. Reivindicamos e trabalharemos para o estabelecimento de tabelas salariais e de garantias de progressão na carreira que acompanhem a evolução das competências e responsabilidades assumidas pelos trabalhadores em arquitectura», pode ler-se no manifesto.

A segunda assembleia acontece no próximo dia 9 de Novembro para a aprovação final do manifesto fundador, disponível na página do movimento na internet.

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