No dia de greve houve falhas na segurança do Aeroporto de Lisboa

O Sitava denuncia à Autoridade Nacional da Aviação Civil várias falhas de segurança que ocorreram no dia de greve dos trabalhadores da Prosegur e Securitas, considerando que deviam ter sido tomadas medidas.

Sitava denuncia irregularidades por parte das empresas no dia de greve dos APA
CréditosJoão Relvas / Agência LUSA

O Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (Sitava) denunciou ao supervisor do sector da aviação – Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) – as falhas de segurança no Aeroporto de Lisboa que ocorreram a 27 de Agosto, dia de greve dos trabalhadores das empresas de segurança Prosegur e Securitas.

No ofício enviado à ANAC, o Sitava refere-se a «inúmeras irregularidades» que, em alguns casos, puseram em causa a segurança da aviação civil, das pessoas e dos bens. A ANA – Aeroportos de Portugal havia garantido que as medidas tomadas para responder à greve dos trabalhadores do raio-x do aeroporto de Lisboa não punham em causa o controlo de segurança. No entanto, parece que não foram tomadas as devidas medidas.

Segundo o Sitava, as normas de controlo de acessos do aeroporto Humberto Delgado foram violadas, uma vez que «qualquer posição de rastreio e controlo é da responsabilidade dos APA [Assistentes de Portos e Aeroportos]», isto é, os trabalhadores da Prosegur e da Securitas. E, segundo o sindicato, o controlo foi feito por funcionários de informação do aeroporto e por trabalhadores da Vinci.

No rastreio do staff (trabalhadores do aeroporto e das companhias que têm que passar pelo controlo) e das viaturas, o sindicato aponta várias ocorrências «alarmantes e graves», que resultam de relatos dos trabalhadores do aeroporto que acedem diariamente às áreas restritas. «Desde os próprios motoristas terem que avisar para que as viaturas fossem rastreadas, passando por relatos de pórticos desligados; os artigos proibidos que não foram retirados ou imagens duvidosas que não eram esclarecidas devido à pressa que havia em despachar de qualquer forma», lê-se no ofício enviado à ANAC.

O Sitava denuncia ainda o desrespeito pelos tempos de descanso obrigatórios para os trabalhadores que fizeram o controlo de segurança e pelo número de trabalhadores por posto ou por máquina de raio-x.

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