Estruturas sindicais da CGTP-IN, as comissões de utentes da Margem Sul e Cais do Seixalinho e as câmaras municipais de Almada, Barreiro e Seixal são as signatárias da tomada de posição enviada ao ministro do Ambiente, com um pedido de reunião para o início da próxima semana.
As várias estruturas lembram que a supressão de cinco carreiras na Soflusa, com o percurso entre o Barreiro e Lisboa, e as avarias verificadas em embarcações da Transtejo, que levou à supressão de várias carreiras com o percuso entre Lisboa e Seixal e Lisboa e Montijo, «põem em causa o serviço público de transporte fluvial e reforçam as reivindicações apresentadas pelas organizações representativas dos trabalhadores e comissões de utentes».
Na tomada de posição considera-se que não basta o Governo «anunciar 10 milhões de investimento», mas que é necessário a tutela e a administração da empresa tomarem «medidas efectivas para o fornecimento de transporte fluvial público e de qualidade».
Entre as medidas defendidas por estas estruturas está a «recomposição dos quadros das empresas, que sofreram nos últimos anos golpes muito profundos», o que exige a admissão de trabalhadores para todas as áreas, «com maior preocupação e urgência para as operacionais e de manutenção», assim como «a integração dos trabalhadores com vínculos precários».
Outra das medidas é a «reconstrução dos serviços de manutenção», com o fim da «dependência da empresa de serviços externos para as acções de manutenção corrente». Os signatários defendem ainda que se possa desencadear «um plano de formação permanente», de forma a garantir a preparação dos trabalhadores para responderem às exigências técnicas do futuro.
É ainda exigida «a adopção urgente de um plano de modernização da frota da Transtejo e da Soflusa, e a implementação de um plano de manutenção regular e programada que devolva a fiabilidade à operação».
A Fectrans anunciou que os trabalhadores da Soflusa, por iniciativa da Comissão de Trabalhadores, irão realizar um plenário, com paralisação, no dia 25 de Setembro, entre as 13h30 e as 16h30. Esta reunião tem o objectivo «de fazer o ponto de situação da empresa, nomeadamente das consequências que a redução de carreiras tem para os utentes e para os trabalhadores que poderão vir a ser confrontados com a colocação de mais uma tripulação sem ocupação».
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