As duras condições de trabalho, com elevadas temperaturas e prolongado esforço físico, alinhadas aos baixos salários, são os motivos para a greve dos trabalhadores da indústria corticeira, convocada pela Federação Portuguesa dos Sindicatos da Construção, Cerâmica e Vidro (Feviccom/CGTP-IN).
De acordo com a Feviccom, num comunicado, hoje a generalidade dos operários tem um salário que se aproxima cada vez mais do mínimo nacional, cerca de 928 euros. Ainda sim, viram o patronato propor um aumento salarial de apenas 36 euros entre Junho a Dezembro deste ano e 24 euros para os cinco primeiros meses do próximo ano.
Os trabalhadores, que também lutam por um melhor subsídio de refeição, indignaram-se com a proposta do patronato em acrescer 1 cêntimo por dia ao valor actual. No comunicado afirmam que «a riqueza criada não está a ser distribuída por quem a produz.»
Para lutar para serem ouvidos, os trabalhadores corticeiros estarão em greve das 22h desta terça-feira até as 24h de amanhã, 31 de Julho. A concentração será também amanhã, à frente do edifício da Amorim Holding, em Mozelos, Santa Maria da Feira, às 11h30.
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