Nas concentrações desta quarta-feira estiveram professores e educadores que não progridem, alguns desde 2004. São 16 anos que lhes permitiriam estar quatro escalões acima daquele em que se encontram.
A Federação Nacional de Professores (Fenprof/CGTP-IN) revela numa nota à imprensa que este bloqueio «não se repercute apenas no salário actual», uma vez que tem «implicações muito negativas no cálculo da futura pensão de aposentação».
A Fenprof dá o exemplo de uma professora que participou no protesto, em Lisboa. Com 57 anos de idade e 34 de serviço (ainda no sexto escalão), esteve recentemente na Caixa Geral de Aposentações para obter uma simulação do valor da sua pensão. Caso se aposentasse agora, passaria a receber apenas 425 euros.
A Federação entende que se trata de «um roubo inaceitável». «Este é um de entre tantos outros prejuízos que são provocados por este regime de vagas e por uma exígua abertura das mesmas nos dois anos em que tal aconteceu (2018 e 2019), tendo aumentado em 310% o número de docentes retidos no quarto e sexto escalões, só num ano», pode ler-se na nota.
No final das acções, os manifestantes aprovaram uma moção por unanimidade, que foi entregue no Ministério da Educação e nas delegações regionais do Porto, Coimbra, Évora e Faro. Entretanto, a estrutura sindical garante a que a luta dos professores em defesa da carreira, por uma aposentação «justa» e por horários de trabalho «adequados» vai continuar.
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