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Trabalhadores das IPSS vão parar a 22 de Janeiro

A Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade «está a adiar» a negociação do contrato colectivo, «invocando atrasos» nos protocolos. CESP convocou greve e concentração para o próximo dia 22. 

Manifestação dos trabalhadores das IPSS, no Porto, 27 de Março de 2019
Créditos / CESP

«Pilar fundamental» no cuidado, apoio social e educativo, os trabalhadores das instituições particulares de solidariedade social (IPSS) não aceitam o atraso da negociação do contrato colectivo de trabalho (CCT) e a desvalorização do trabalho que realizam, em horários «longos» e «desregulados». A denúncia é feita pelo Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP/CGTP-IN), que convocou uma greve para o dia 22 de Janeiro com concentração, às 11h, junto à sede da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS), no Porto. 

O sindicato revela num comunicado que a CNIS está a adiar o processo negocial do CCT dos trabalhadores das IPSS para 2025, «invocando atrasos do Governo nos protocolos de cooperação», salientando que a CNIS e o Executivo de Luís Montenegro «têm de assumir as suas responsabilidades e investir nos trabalhadores das IPSS», que exigem a valorização das carreiras e o aumento significativo dos salários. Em 2024, trabalhadores com mais de 20 anos de antiguidade recebiam pouco mais do que o salário mínimo.

Do conjunto de reivindicações fazem parte também as 35 horas de trabalho semanal para todos, com o sindicato a denunciar que os «horários precários e longos» têm repercussões nos cuidados prestados». Por outro lado, acrescenta, a escassez de pessoal neste sector «obriga a que um trabalhador faça o trabalho de dois», reclamando o direito à conciliação dos horários de trabalho com a vida familiar e ainda o fim da discriminação salarial dos educadores de infância em creche. 

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