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Quatro dias de greve na Águas e Resíduos da Madeira em defesa dos direitos

Como a administração da empresa não respondeu de forma afirmativa às propostas dos trabalhadores, em especial sobre a questão do enquadramento salarial, estes decidiram avançar para a greve.

Os trabalhadores responsabilizam a ARM por terem chegado a esta situação já que, sustentam, tem «bloqueado todas as negociações»
Os trabalhadores da ARM estão muito descontentes e vão lutar pelas suas reivindicações Créditos / aguasdamadeira.pt

Reunidos em plenário nos dias 25 e 26 de Julho, os trabalhadores da Águas e Resíduos da Madeira (ARM) decidiram que avançariam para a greve em dois períodos nos meses de Agosto e Setembro se, num prazo de cinco dias, a administração continuasse a não responder afirmativamente às suas propostas, informou este sábado a Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Eléctricas e Minas (Fiequimetal/CGTP-IN).

Assim, o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Centro-Sul e Regiões Autónomas (SITE CSRA/CGTP-IN) deu seguimento à decisão dos trabalhadores, tendo formalizado a convocação de greves com a duração de 24 horas a 27 e 28 de Agosto e a 4 e 5 de Setembro, para que a administração da ARM responda «positivamente às propostas, em especial sobre enquadramento salarial».

No pré-aviso de greve, que o sindicato entregou no passado dia 7, são apontados como objectivos: a contagem da antiguidade para enquadramento na tabela salarial; o correcto enquadramento nas categorias profissionais; o fim das discriminações existentes na empresa; melhores condições de segurança e saúde no trabalho; e a contratação de mais trabalhadores.

Algum resultado já visível

Numa reunião com a secretária regional do Ambiente, realizada a 24 de Julho, a comissão sindical do SITE CSRA na ARM reafirmou que «a antiguidade dos trabalhadores não pode ser esquecida e tem de contar para efeitos de enquadramento na tabela salarial».

Na ocasião, foi entregue à secretária regional um abaixo-assinado que dá conta do grande descontentamento dos trabalhadores e da sua disposição para lutar «pelas suas justas reivindicações».

O sindicato afirma que este abaixo-assinado já trouxe alguns resultados, na medida em que administração da ARM e Governo Regional «decidiram satisfazer uma das reivindicações dos trabalhadores na Ilha de Porto Santo, passando a pagar o subsídio de dupla insularidade».

Empresa pública, a Águas e Resíduos da Madeira é responsável pela exploração e gestão do sistema multimunicipal de águas e resíduos na Região Autónoma da Madeira, assegurando também a concepção e a construção de equipamentos e infra-estruturas. No final de 2018, contava com 756 trabalhadores, informa a Fiequimetal.

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