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Rodoviários: luta prosseguirá em Dezembro e Janeiro

Recusa de trabalho nas folgas a partir da próxima semana e greve nos dia 3 e 4 de Janeiro de 2019 são as formas de protesto escolhidos contra «situações discriminatórias» que afectam os trabalhadores.

CréditosJúlio Reis / CC BY-SA 3.0

Os trabalhadores das rodoviárias do Oeste, Lis e Tejo (distritos de Leiria e Santarém) decidiram ontem voltar a fazer greve a 3 e 4 de Janeiro de 2019, bem como recusar trabalhar nas folgas a partir da próxima semana, afirmou fonte sindical à Lusa.

A decisão, conforme se pode ler em comunicado emitido pela Federação Nacional das Comunicações e Transportes (Fectrans/CGTP-IN), foi tomada em plenário realizado «no âmbito da greve de ontem e hoje», o qual contou, de acordo com o referido comunicado, «com uma elevada adesão dos trabalhadores, numa clara manifestação de determinação nas suas reivindicações de aumento dos salários e unificação das regras de trabalho nas três empresas».

A luta, como noticiámos ontem, recebeu uma enorme adesão. Manuel Castelão, da Fectrans, afirmou que a adesão foi superior à do dia anterior, já que «houve trabalhadores que na quinta-feira trabalharam, mas que hoje [sexta-feira] se juntaram à greve e à manifestação».

A greve tem por fim protestar contra «situações discriminatórias» relativas a diferenças laborais e salariais entre trabalhadores, devido ao facto de os mesmos «serem abrangidos por duas convenções de trabalho diferentes».

O sindicalista referiu que os trabalhadores foram recebidos pela empresa do grupo Barraqueiro, mas que não foi assumido pela entidade patronal «qualquer compromisso» de actualização salarial, e que esta mantém que a mesma «teria de ser feita no âmbito da negociação com a associação patronal do sector». Transmitida essa informação aos trabalhadores, estes decidiram avançar com as formas de luta anunciadas acima.

Uma reunião entre a associação patronal do sector, a ANTROP, e as estruturas sindicais está marcada para 13 de Dezembro, mas Manuel Castelão «não espera nada» da mesma, visto que estará em cima da mesa «uma actualização de 1,5%, o que, em ordenados de 600 euros, valerá oito ou nove euros». «É inconcebível» que «o salário destes motoristas», em 2019, fique «nove euros acima do salário mínimo nacional» em vigor no próximo ano.


Com agência Lusa

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