O plenário-concentração de trabalhadores da SICMAN, empresa do grupo Siemens, que responde pela operação e manutenção de tapetes de carga, descarga e transferência de bagagens nos aeroportos, decorreu esta quinta-feira de manhã junto à saída do Metro no Aeroporto de Lisboa, e contou com a presença da secretária-geral da CGTP-IN, Isabel Camarinha.
O Sindicato das Indústrias Eléctricas do Sul e Ilhas (SIESI/CGTP-IN) explica, em comunicado aos trabalhadores, que não se opõe à contratação de pessoal para a operação, mas sim a que «se desperdice as competências técnicas dos trabalhadores» e que se contrate outros, por via de empresas de trabalho temporário, para prestarem serviços permanentes.
«Não se compreende como é que pode ser benéfico para a SICMAN/Siemens o desperdício de competências técnicas e de conhecimentos que os seus trabalhadores adquiriram ao longo de anos de serviço», pode ler-se na nota.
Foi cancelado o despedimento colectivo de quase 40% dos 120 trabalhadores da SICMAN, alocados ao Aeroporto de Lisboa, anunciou o SIESI. Pela mesma razão foi também desconvocada a concentração de protesto dos trabalhadores que estava marcada para hoje, junto ao Aeroporto da Portela, pelo Sindicato das Indústrias Eléctricas do Sul e Ilhas (SIESI/CGTP-IN), Para o SIESI, esta foi «uma vitória da razão da luta dos trabalhadores» e demonstra que «o futuro se constrói com a defesa dos direitos e dos postos de trabalho». A decisão vem no seguimento da realização de vários plenários em que os trabalhadores decidiram acções a desenvolver em resposta à tentativa da empresa de despedir e liquidar direitos. Para além da defesa dos 42 postos de trabalho e dos rendimentos de muitas famílias, «numa altura particularmente difícil para quem vive do seu trabalho», o sindicato sublinhava que este despedimento colectivo punha em causa a segurança dos trabalhadores e a qualidade do trabalho, com a redução das equipas para dois elementos. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Trabalho|
Luta impede despedimento colectivo na SICMAN
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Recorde-se que, a pretexto da pandemia e da quebra de parte do contrato com a ANA Aeroportos, a empresa promoveu despedimentos no último semestre de 2020. Nessa altura, por via da luta, um conjunto de trabalhadores conseguiu impedir a empresa de os despedir, lembra o sindicato.
Assim, estes trabalhadores ficaram ao serviço da SICMAN, mas as suas funções foram alteradas e passaram a fazer inspecções e verificações aos equipamentos, sem terem, no entanto, autorização para fazer a respectiva manutenção ou reparação.
O sindicato apresentou igualmente um pedido de inspecção à Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT).
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