Ontem de manhã, à porta do Tribunal de Comércio de Vila Nova de Gaia, as ex-trabalhadoras da fábrica têxtil Cooperativa de Confecções Corgo realizaram uma concentração em protesto para exigir os pagamentos em falta.
O Sindicato Nacional dos Profissionais da Indústria e Comércio de Vestuário e de Artigos Têxteis (CGTP-IN) calcula que a dívida aos trabalhadores é de 1,5 milhões de euros, no total, cerca de sete mil a doze mil euros em indemnizações, além de vários meses de salários e subsídios de férias.
Em 2005, a empresa fechou, empurrando para o desemprego 150 trabalhadores. Agora, 13 anos depois, os salários em atraso e as indemnizações ainda não foram pagos. O processo de insolvência está a decorrer no Tribunal de Comércio de Vila Nova de Gaia.
«Eles tinham lá máquinas que venderam e não sabemos o que é feito do dinheiro. Para os trabalhadores é que não veio», disse Isabel Laje, ex-trabalhadora com 54 anos, em declarações à Lusa, citadas pela TVI24. Não recebeu três meses de salários, nem os subsídios de férias e de Natal.
Já Julieta Batista, 62 anos, nunca mais conseguiu trabalho. «Sou nova para me reformar e velha para trabalhar», afirmou a ex-trabalhadora com 40 anos de casa.
Durante o protesto, uma representante do sindicato, juntamente com duas trabalhadoras, foi recebida pela secretária judicial do tribunal, que assegurou que a juíza quer resolver a situação e que «o processo de acordo não está encerrado».
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