O braço-de-ferro entre trabalhadores e administração durava há mais de cinco anos, período marcado por vários protestos e fortes greves contra a intransigência da administração em diversas matérias.
Uma das principais questões era o pagamento do trabalho ao feriado que a administração impôs que deixasse de ser pago a 200%, passando a ser remunerado apenas a 50%, à revelia do contrato colectivo de trabalho para o sector da pastelaria, assinado entre o Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal (Sintab/CGTP-IN) e a associação patronal.
Em comunicado, a CGTP-IN afirma que os «trabalhadores fizeram tudo o que estava ao seu alcance para conseguir alcançar os seus objectivos» e conseguiram forçar «a direcção ibérica a intervir no conflito», dando-lhes razão, estando já a empresa a cumprir com o contrato colectivo.
«Foram cinco duros e longos anos de luta, em que estes bravos trabalhadores sofreram na pele as adversidades de fazer frente à administração empresa. No entanto, nunca se deixaram demover pelas manobras de diversão que tinham como único fim demover e dispersar», lê-se no comunicado.
A Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) já tinha dado razão ao Sintab em 2016, tendo determinado que a administração, à altura sobre a alçada da Panrico, tinha que pagar as diferenças existentes relativamente ao trabalho nos feriados.
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