A convite da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans/CGTP-IN), 12 estruturas sindicais analisaram ontem o processo de negociação em curso na CP, onde, além de denúncias e reivindicações, decidiram que vão entregar uma declaração comum sobre a negociação e os seus conteúdos, na reunião de 12 de Novembro.
A par da «inaceitável morosidade do actual processo negocial» e do «retrocesso de matérias já acordadas», os dirigentes sindicais reiteraram que o valor apresentado para a actualização das diversas rubricas pecuniárias é «insuficiente».
Não aceitam o facto de não ser contemplado qualquer aumento da tabela salarial no imediato e que cláusulas comuns a diversas categorias profissionais tenham valores diferentes ou, sublinham, «que haja redução de valores hoje praticados».
«Este processo negocial deve ter em conta as medidas anunciadas de integração da EMEF na CP e deve dar resposta a realidades diferentes, de modo a que não tenhamos diferenças entre trabalhadores naquilo que é comum», refere-se num comunicado do Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário (SNTSF/CGTP-IN), um dos que integram a comissão sindical negociadora.
Os sindicatos exigem uma evolução rápida do processo de negociação do Acordo de Empresa (AE) para depois passarem à discussão da valorização das profissões, através da negociação do Regulamento de Carreiras. «Será no conjunto do resultado da negociação destes dois instrumentos de regulamentação colectiva que se fará a avaliação global da negociação», afirmam.
Se na reunião da próxima terça-feira não houver respostas positivas para as questões que irão ser colocadas ou se, acrescentam, «o sentido das posições do Governo/administração da CP» for semelhante ao das últimas reuniões, serão equacionadas acções de mobilização e luta dos trabalhadores.
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