«Vamos para a luta se a empresa continuar intransigente», explicou Abílio Carvalho, coordenador do Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário (SNTSF/CGTP-IN), à margem do plenário, destacando o futuro da empresa, a contratação colectiva e a actualização salarial como preocupações dos trabalhadores, que continuam sem resposta.
Na resolução, aprovada esta manhã por unanimidade, no plenário realizado frente às instalações da EMEF na Reboleira, Amadora, e que contou com a participação de trabalhadores oriundos de vários pontos do País, foi decidida a mobilização geral na empresa para «todas as formas de luta que se justifiquem».
Caso não haja resposta às suas reivindicações, os trabalhadores vão realizar uma acção de luta «em toda a empresa, incluindo na forma de greve, na primeira quinzena de Janeiro». A resolução foi entregue a responsáveis da empresa por uma delegação de representantes da comissão de trabalhadores e do sindicato.
Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP-IN, que também marcou presença no plenário, congratulou-se com o empenho dos trabalhadores em lutarem por uma melhoria das suas condições de vida e pelo futuro da empresa: «é um contributo que estes trabalhadores dão para que o Estado crie mais riqueza, mais emprego, reduza a dívida e reduza as importações», disse o sindicalista.
Além de se oporem a um desmembramento da EMEF, os trabalhadores reivindicam um reforço da capacidade produtiva, a passagem a efectivos dos trabalhadores com vínculos precários e a readmissão dos dez trabalhadores despedidos das oficinas de Santa Apolónia, assim como a reintegração plena na CP. Exigem ainda «a abertura dos processos de negociação com vista ao aumento dos salários e melhoria das condições de trabalho».
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