A decisão foi tomada pelos trabalhadores num plenário realizado esta quarta-feira, ao fim da tarde, relatou a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans/CGTP-IN) em nota de imprensa.
Partindo já para uma greve às horas extraordinárias, de momento em curso, os trabalhadores decidiram ainda fazer uma paralisação de três horas por turno nos dias 11 e 12 de Junho, véspera do feriado de Santo António, em Lisboa.
Os trabalhadores responsabilizam a administração da Transtejo por eventuais transtornos, visto que, após três reuniôes com esta, «continuamos sem qualquer perspectiva de alguma conclusão viável, apesar das estruturas sindicais terem apresentado diversas propostas», lê-se no comunicado.
Face à «paragem total da negociação do Acordo de Empresa (AE)», a Fectrans afirma que os trabalhadores esperam a concretização do acordado, tanto em Dezembro de 2016 e confirmado em Maio de 2017, nomeadamente os «50% do prémio de assiduidade e da integração total do adicional de remuneração, para além de se proceder a um aumento salarial, tendo em conta que os trabalhadores não são aumentados desde 2009.
Impasse também afecta a Soflusa
Ontem, com as mesmas reivindicações, os trabalhadores da Soflusa também estiveram reunidos em plenário geral durante a tarde, em resposta ao mesmo impasse nas negociações para a valorização dos salários.
Os funcionários da Soflusa aprovaram em plenário a realização de uma greve no próximo dia 12 de Junho. Os trabalhadores marítimos paralisam no primeiro turno desse dia e no último da noite, que já acontece na manhã de 13, enquanto que os comerciais fazem entre as 8h do dia 12 até à mesma hora do dia seguinte. Os restantes trabalhadores realizam greve todo o dia 12.
«Às propostas sindicais responde a administração da Soflusa que, não tendo sido publicada a Lei de Execução Orçamental, não está em condições de fazer qualquer proposta de aumentos salariais», lê-se num comunicado.
No caso da Soflusa, é defendido que a empresa tem de «concretizar a integração de 50% do prémio de assiduidade e da integração total do subsídio de Catamaran, além de se proceder a um aumento salarial», pendente desde 2009.
De acordo com a Fectrans, a resposta das empresas Transtejo e Soflusa originou uma longa situação de impasse, o que levou os órgãos representativos dos trabalhadores a apresentarem formalmente protestos.
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