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Trabalhadores de 'call centers' em teletrabalho exigem direitos

O pagamento das despesas a quem trabalha a partir de casa, assim como o reforço dos apoios à família são questões urgentes a resolver no combate «ao vírus das desigualdades», alerta o SINTTAV.

Créditos / Kiplinger

O Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações e Audiovisual (SINTTAV/CGTP-IN), em nota enviada à imprensa, denuncia que o regime de teletrabalho tem funcionado como «fonte de receita para as empresas e de exploração para os trabalhadores».

O sindicato revela que tem «pressionado» empresas e Governo para o cumprimento do Código do Trabalho, que determina «o pagamento das inerentes despesas de consumo» aos trabalhadores em teletrabalho. No entanto, nem as empresas, nem a ministra do Trabalho «se dignam a responder» aos apelos da estrutura sindical sobre a questão.

No comunicado alerta-se ainda para as recentes afirmações do Executivo que dizem que as empresas têm que pagar as despesas com telefone e internet, o que ignora o facto de que «os equipamentos são ligados à electricidade e que os trabalhadores gastam mais água».

Neste sentido, o SINTTAV exige que se clarifique a legislação para obrigar «os patrões a assumir esse compromisso».

Outra das exigências é a de um apoio excepcional às famílias, porque os trabalhadores não podem desempenhar «cabalmente» as suas funções, estando em casa com filhos pequenos ao seu cuidado.

O sindicato revela que solicitou uma reunião urgente aos «grupos parlamentares que podem contribuir para a resolução deste tema», no sentido de pressionar o Governo «a legislar sobre estes dois temas de forma a que não restem possibilidades ao patronato de fugir ao pagamento daquilo a que os trabalhadores têm direito, pelo facto de fazerem da sua casa um escritório ao serviço das empresas».

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