Além deste protesto, os trabalhadores do Lidl decidiram avançar com uma greve de dois dias, de 29 a 30, a que se juntará a greve geral no 1.º de Maio, que abrange toda a grande distribuição.
A paralisação foi uma das acções de protesto divulgadas pelo Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP/CGTP-IN), no âmbito da quinzena de luta na grande distribuição, de 9 a 20 de Abril.
Entre as reivindicações, é exigido o aumento geral dos salários, de forma a repor o poder de compra perdido desde 2010, o fim da tabela B, que prevê menos 40 euros de salário em todos os distritos, excepto Lisboa, Porto e Setúbal, e a progressão automática dos operadores de armazém até ao nível de especializado.
Os trabalhadores contestam ainda o impasse em torno das negociações para a revisão do Contrato Colectivo de Trabalho (CCT) no sector, abrangendo mais de 100 mil trabalhadores, e que duram há mais de um ano.
Os patrões, representados pela Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), são acusados de chantagem, pois para desbloquearem as negociações exigem várias contrapartidas, consideradas «inaceitáveis» pelo CESP. Entre as medidas, os trabalhadores recusam a redução do valor pago pelo trabalho suplementar e em dia de feriado e que, a troco dos aumentos, seja reconhecido o banco de horas no CCT, dando força à crescente desregulação de horários.
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