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Mercado de Algés não tem condições de trabalho

Trabalhadores do Mercado de Algés protestam contra falta de condições de trabalho

Os trabalhadores da área da restauração do Mercado de Algés, que reclamam a inexistência de condições para trabalhar relativas à segurança e saúde, realizam esta quinta-feira, às 17h30, uma concentração de denúncia no mercado.

O Mercado de Algés inaugurou a nova zona de restauração em 2015, tendo a concessão sido atribuída à Naipe d'Emoções por 15 anos.
Créditos / omundodahortense.blogspot.pt

Um total de 60 trabalhadores da área da restauração denunciam a falta de condições para trabalhar no Mercado de Algés, devido a questões de segurança e saúde, atribuídas à empresa concessionária, a Naipe d’Emoções.

Em nota de imprensa, o Sindicato de Hotelaria do Sul (CGTP-IN) comunica que vai promover amanhã, a partir das 17h30, uma concentração/denúncia junto ao Mercado de Algés, feita juntamente «com os trabalhadores, independentemente da diversidade e multiplicidade de balcões da restauração existentes neste espaço de restauração».

Os trabalhadores continuam a insistir na ausência de condições dignas para trabalhar, das quais destacam a inexistência de um refeitório para realizar as pausas de refeição «com dignidade e higiene», o número insuficiente de casas de banho para funcionários e a ausência de limpeza regular das mesmas e de outros espaços.

Empresa concessionária recorre a represálias 

O recurso à intimidação junto dos trabalhadores é uma práctica constante da Naipe d'Emoções, afirma o Sindicato da Hotelaria do Sul, que acusa a empresa de fomentar a precariedade à força. 

Em causa estão várias represálias sobre trabalhadores que denunciaram estas situações junto das entidades competentes, entre elas, a administração recusou pagar vários acertos de contas finais, que ainda não viram os seus salários pagos, dificultou a entrega de declarações para o acesso ao subsídio de desemprego e coagiu trabalhadores a assinar recibos de quitação com valores errados.

As denúncias realçam o desdenho da empresa para com a lei laboral que, afirmam trabalhadores, não cumpre as categorias profissionais, nem a progressão das carreiras, pratica salários inferiores ao estabelecido em convenção do sector, não paga o trabalho extrordinário e não respeita os horários de trabalho, com alterações constantes e sem cumprir as 10 horas de descanso obrigatório.

Governo confirma irregularidades no Mercado de Algés

A confirmação foi feita pelo Ministério do Trabalho que respondeu a uma pergunta parlamentar do PEV sobre as violações dos direitos dos trabalhadores pela Naipe d'Emoções.

Nessa resposta, afirma-se que a Autoridade para as Condições no Trabalho (ACT) realizou recentemente uma acção inspectiva ao Mercado de Algés, tendo confirmado várias irregularidades em máteria de segurança e saúde no trabalho e de organização dos horários de trabalho.

 

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