Nesta unidade hoteleira, localizada no Autódromo Internacional do Algarve, quatro trabalhadoras que vieram da RAM, com as viagens de avião pagas pela empresa, «foram ontem ameaçadas de despedimento e de ficarem sem alojamento por não terem conseguido concluir [a limpeza de] todos os apartamentos», denuncia uma nota do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Algarve (CGTP-IN).
A estrutura sindical avança com vários exemplos de situações que põem em causa o bem estar das trabalhadoras. Relata que uma das trabalhadoras precisa de comprar medicamentos e não lhe é facultado o transporte para ir à farmácia. Acrescenta ainda que estas funcionárias estão alojadas no empreendimento «sem as necessárias condições de habitação», estando proibidas de levar comida para o apartamento, assim como não lhes é permitido usar a lavandaria.
O sindicato informa que está a preparar uma queixa à Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) e alerta «para a situação degradante que os trabalhadores do turismo estão a viver, com a brutal regressão das condições de trabalho, o aumento e desregulação dos horários de trabalho, o trabalho forçado e não pago, os salários cada vez mais baixos, a precariedade extrema, o assédio moral e a tortura psicológica». Acrescenta que o Governo «tem que tomar medidas urgentes para por termo à situação que se vive no sector do turismo no Algarve».
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