A comissão central de trabalhadores da Petrogal reuniu com o secretário de Estado Adjunto e da Energia para debater a chamada «transição energética» e os seus impactos para os trabalhadores.
A estrutura entende que é necessária uma clarificação sobre o que se pretende deste processo, para que sejam definidos, «de forma soberana», os objectivos para o sector da energia, e sobretudo, para que o processo decorra «preservando os postos de trabalho e o aparelho produtivo nacional», e se possível, valorizando-os.
O Governo, que afirma pretender levar a cabo uma alteração profunda da matriz energética estabelecida, não prevê outro investimento público a não ser a transferência de milhões de euros de fundos comunitários e «o abdicar de outros tantos milhões de receitas fiscais em isenções e benefícios», denunciam os trabalhadores em comunicado.
Para a comissão de trabalhadores fica claro que o Executivo se «demite» das suas responsabilidades de segundo accionista na Galp e que, em vez de projectar na empresa a sua intervenção no sector para a defesa das questões estratégicas de soberania e desenvolvimento, «se limita a esperar receber dividendos dessa sua participação no capital da empresa».
«Não aceitamos que o Governo continue a derramar milhares de milhões de euros sobre o sector em nome de um processo, "a transição energética", que só poderá dirigir recuperando o controlo público sobre empresas estratégicas», lê-se na nota.
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