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Acabar com o bloqueio a Cuba foi exigência maior de encontro solidário nos EUA

A Conferência Internacional pela Normalização das Relações entre EUA e Cuba, realizada este fim-de-semana em Nova Iorque, foi uma «declaração enérgica» a favor da soberania do povo cubano.

Encontro solidário com Cuba em Nova Iorque, este fim-de-semana  
Créditos / Prensa Latina

De acordo com os organizadores, no encontro estiveram representadas mais de cem organizações solidárias com a Ilha e, entre os oradores, contaram-se activistas, intelectuais e artistas do país anfitrião, do Canadá, de Porto Rico e de Cuba.

O levantamento imediato do bloqueio, a retirada de Cuba da lista de países patrocinadores do terrorismo e o fim de todas as restrições económicas e de viagem eram objectivos declarados da Conferência, no âmbito da qual se realizaram workshops, painéis de debate, uma exposição de arte cubana e um festival de curtas-metragens.

Na sede da Missão Permanente de Cuba junto das Nações Unidas, estas exigências foram «unânimes», refere a Prensa Latina. James McGovern, congressista eleito pelo estado do Massachusetts, foi uma das vozes solidárias, tendo pedido aos seus compatriotas que levem a cabo iniciativas para lutar contra o bloqueio.

Em Nova Iorque, exigiu-se olevantamento imediato do bloqueio / Prensa Latina

O cerco unilateral é «a causa de todas as dificuldades sofridas pelo povo cubano», defendeu McGovern, que exortou os ouvintes a pressionar a administração norte-americana para reverter a sua atitude em relação a Cuba.

Além da do membro da Câmara dos Representantes, muitas outras vozes se fizeram ouvir contra qualquer política restritiva que afecte a Ilha, denunciando como os EUA procuram fazer «claudicar os princípios do país antilhano».

Entre estes, estavam Carlos Lazo, cubano-norte-americano que dirige o movimento solidário Puentes de Amor, o professor August Nimtz ou o académico William LeoGrande, que foi muito aplaudido ao defender que o próximo passo da Casa Branca deve ser retirar Cuba da lista de patrocinadores do terrorismo, que Washington criou.

A retirada de Cuba da lista de países patrocinadores do terrorismo foi outra das exigências principais / Prensa Latina

Também Medea Benjamin, co-fundadora da Codepink, defendeu o mesmo, tendo destacado que, «longe de ser um país agressor, a maior das Ilhas Antilhas foi vítima de múltiplos ataques por parte dos Estados Unidos».

Vozes cubanas pela soberania

O encontro foi uma excelente oportunidade para divulgar a realidade de Cuba e o modo como procura levar as coisas para a frente num contexto extremamente adverso.

Além daqueles que denunciaram como Washington procura fazer «ajoelhar» o país caribenho por via do sofrimento que impõe à população, representantes da Federação das Mulheres Cubanas e do Instituto Cubano de Amizade com os Povos tiveram a possibilidade de expor os esforços de Cuba no sentido de tornar a sociedade mais justa e inclusiva, bem como de reafirmar o direito legítimo da Ilha a defender a sua soberania.

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