As críticas ao ministro Sigmar Gabriel surgiram depois de o jornal alemão Welt am Sonntag ter revelado que, em 2015, Berlim aumentou fortemente a exportação de armas, atingindo o patamar mais elevado dos últimos 20 anos. O valor global dos negócios envolveu 7,86 mil milhões de euros, informa a PressTV.
Na segunda-feira, o ministro da Economia justificou este volume de negócios com o facto de muitos deles terem resultado de acordos feitos em 2013 pela antiga coligação da chanceler Angela Merkel. Um dos negócios diz respeito à venda de tanques Leopardo ao Qatar por 1,66 mil milhões de euros, que o ministro disse ter sido «incapaz de reverter».
Reagindo a estas revelações e comentários, diversos defensores da paz vieram a público criticar o ministro, sobretudo pelo facto de a Lei alemã prever que qualquer acordo possa ser cancelado a qualquer momento, no caso de existir risco de que as armas venham a ser utilizadas em acções contra a paz.
Também aludem ao facto de Sigmar Gabriel ter manifestado a sua oposição às exportações de armas durante a campanha eleitoral, mas agora «as ter incrementado».
A Alemanha é um dos maiores exportadores mundiais de armas para a União Europeia e os Estados-membros da NATO. Outros destinos das armas alemãs são o Qatar e a Arábia Saudita, refere a PressTV.
De acordo com os dados avançados pelas Nações Unidas, a campanha militar da Arábia Saudita no Iémen já provocou mais de 10 mil mortos. Fontes iemenitas dizem que esse número é bastante mais elevado.
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