Deputados, representantes de movimentos solidários e activistas dos direitos humanos participaram, esta semana, ao longo de três dias, num encontro solidário com o Saara Ocidental, na wilaya de Bojador (província argelina de Tinduf).
As recomendações finais, refere a agência Sahara Press Service (SPS), reflectem a defesa unânime da necessidade de reforçar de forma tangível o trabalho dos movimentos de solidariedade com a causa saarauí, tendo como objectivo fazer pressão no sentido de garantir que o povo saarauí exerce os seus direitos à autodeterminação e à independência.
Na última sessão da Conferência Internacional de Solidariedade com o Povo Saarauí, que decorreu de domingo a terça-feira, os participantes apresentaram diversas ideias que serão concretizadas futuramente, como a criação de um portal da conferência e o estabelecimento de um mecanismo de coordenação permanente entre os activistas solidários com a causa, indica a fonte.
«O mundo deve assumir as suas responsabilidades»
A conferência internacional reuniu, nos campos de refugiados, representantes de 13 países –Argélia, Palestina, Espanha, Suécia, Alemanha, Japão, Itália, Colômbia, Portugal, Croácia, Chile, Estados Unidos e Lituânia. No domingo, dia inicial dos trabalhos, estes destacaram que o mundo deve assumir as suas responsabilidades relativamente à causa saarauí.
Em declarações à Algerian Press Service (APS), a deputada sueca Cizia Wadby disse que era a segunda vez que visitava os campos de refugiados saarauís e que isto lhe tinha permitido renovar a sua solidariedade e apoio a uma causa que considera «muito querida».
Tendo ouvido falar muito da causa saarauí nos anos 90, Wadby só «compreendeu realmente a sua dimensão depois da sua primeira visita aos campos de refugiados» e defendeu que, agora, tem oportunidade de «levar os sofrimentos do povo saarauí e de os dar a conhecer em diversos fóruns internacionais».
Outro apoiante da causa saarauí, o italiano Tommaso Marconi, mostrou-se convencido de que a sua participação neste encontro internacional irá reforçar a sua determinação para continuar a fazer ouvir a voz do povo saarauí.
Também em declarações à APS, um activista japonês disse que a presença na conferência «é uma oportunidade para transmitir ao povo japonês a verdadeira imagem dos padecimentos que o povo saarauí suporta».
O encerramento dos trabalhos contou com forte presença institucional, nomeadamente do primeiro-ministro do Saara Ocidental, Bachraya Hamudi Beyun, da ministra da Cooperação, Fatma Mehdi, do ministro da Juventude e Desportos, Hasanito Mohamed Chbelil, e da secretária-geral da União Nacional de Mulheres Saarauís, Chabba Seini.
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