Pelo menos sete pessoas perderam a vida e 20 ficaram feridas como resultado do ataque israelita, perpetrado este domingo, a um edifício residencial de Sayyeda Zeinab, nos arredores a sul de Damasco.
O Ministério da Defesa, citado pela Sana, disse que o ataque aéreo teve lugar cerca das 17h (locais), a partir dos Montes Golã ocupados, e que entre as vítimas se encontram mulheres e crianças.
Registaram-se elevados danos materiais e vários apartamentos foram afectados, segundo pôde constatar no local o correspondente da Prensa Latina.
Além disso, fontes médicas do Hospital al-Sader alertaram para a possibilidade de o número de vítimas mortais vir a ser maior, tendo em conta que alguns dos feridos se encontram em estado crítico.
Ataques sucessivos
No dia anterior, pelo menos dois militares sírios perderam a vida e outros ficaram feridos na sequência de bombardeamentos israelitas a posições militares, a instalações do Centro de Investigações Científicas e a fábricas do Ministério da Defesa no município de Sfeira, na província de Alepo, refere ainda a Prensa Latina.
Sobre estes ataques, o Ministério sírio da Defesa disse que foram realizados, cerca das 0h45 da madrugada, por caças israelitas em zonas rurais das províncias de Alepo e Idlib, no Noroeste do país.
Na passada terça-feira, dia 5, violentos ataques israelitas tiveram como alvo a zona industrial e edifícios residenciais de al-Qusair, na província de Homs, junto à fronteira com o Líbano.
De acordo com a agência Sana, que citou director de Saúde da província, esse ataque não provocou vítimas mortais. Já o que a aviação de guerra israelita levou a cabo a 31 de Outubro contra o mesmo município provocou a morte a pelo menos cinco pessoas, deixando ainda dez feridos.
Uma outra agressão, perpetrada a 4 de Novembro também contra os arredores a sul de Damasco, não provocou vítimas, mas danos materiais de monta.
Falta de medidas a nível internacional e «impunidade»
A este propósito, o Ministério sírio dos Negócios Estrangeiros emitiu uma nota denunciando que «as práticas agressivas e criminosas do ocupante sionista e as suas contínuas agressões a zonas civis são o resultado de não de se ter adoptado qualquer medida séria para travar este regime e pôr fim às suas graves violações contra os povos e países da região».
Nesse texto, divulgado pela Sana, Damasco reitera o apelo aos estados-membros da ONU para que tomassem medidas urgentes, de modo a «cessar as agressões israelitas» e fazer com que os seus responsáveis prestem contas pelos seus crimes.
A diplomacia síria tem denunciado repetidamente as agressões perpetradas pelas forças israelitas contra o seu território, bem como a «impunidade» que rodeia as suas acções militares ofensivas na região, nomeadamente na Palestina e no Líbano.
«Estes ataques não teriam ocorrido sem o guarda-chuva e a protecção dos EUA a Israel, que age como se estivesse acima do direito internacional e da Carta das Nações Unidas», afirmou Damasco numa nota emitida no final de Setembro, tendo em vista as agressões sionistas ao Líbano.
Israel lança ataques militares frequentes contra território sírio e intensificou-os no período da agressão contra a Faixa de Gaza e, mais recentemente, contra o Líbano.
De acordo com as autoridades sírias, ao longo deste ano, Israel perpetrou pelo menos 127 ataques contra o país levantino, com um saldo de vítimas mortais superior a cem e enormes danos materiais.
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