De acordo com a agência Sana, 11 civis, sete dos quais eram mulheres e crianças, foram mortos no bairro de al-Bado, em Raqqa, na sequência de intensos bombardeamentos da coligação internacional, liderada pelos EUA, sobre bairros residenciais.
Em Junho, esta coligação – que opera na Síria sem um mandato da ONU e sem autorização do governo de Damasco – lançou uma ofensiva, em conjunto com as chamadas Forças Democráticas Sírias (FDS), com o objectivo declarado de expulsar o Daesh da cidade que era o seu bastião.
Também na sequência de ataques aéreos da coligação, outros 11 civis foram mortos na aldeia de al-Shahabat, no Norte da província de Deir ez-Zor.
A coligação militar tem sido reiteradamente acusada de atacar civis, bem como de utilizar bombas de fósforo branco nos bombardeamentos sistemáticos em território sírio e iraquiano, violando as convenções internacionais.
Em cartas enviadas pelo governo sírio a representantes das Nações Unidas, em múltiplas ocasiões, questiona-se o papel da coligação internacional na luta contra o terrorismo, acusando-a de cometer crimes de guerra e contra a Humanidade.
EAS prossegue ofensiva em Deir ez-Zor
Fontes militares revelaram hoje que a ofensiva do Exército Árabe Sírio (EAS) contra o Daesh prossegue em Deir ez-Zor, no Leste do país, tendo o exército assegurado o controlo de campos petrolíferos e de uma unidade de processamento de gás natural no Sudeste da província.
As forças governamentais conseguiram também expulsar os terroristas do Daesh – o chamado Estado Islâmico – de elevações estratégicas próximas da base aérea militar da cidade de Deir ez-Zor, informa a Prensa Latina, com base em fontes militares e jornalísticas.
Estes avanços foram possíveis graças ao apoio das forças russas, que atingiram posições dos terroristas com ataques aéreos e mísseis lançados a partir da fragata Almirante Essen, localizada no Mediterrâneo.
Para além disso, o EAS e forças suas aliadas arrebataram ao Daesh a estação de água na localidade de al-Maryaiya, bem como o campus universitário de Jazirah, na região de al-Beghailiya, indicou a agência Sana. A ofensiva das últimas horas na margem ocidental do rio Eufrates, por parte do EAS, causou um elevado número de baixas entre os terroristas do Daesh.
Entretanto, um responsável da coligação internacional, o coronel Ryan Dillon, do exército norte-americano, disse à imprensa, esta quinta-feira, que não estava nos planos da coligação entrar na cidade de Deir ez-Zor.
Recorde-se que, depois de o EAS ter quebrado o cerco imposto pelo Daesh a Deir ez-Zor, a 5 de Setembro, as FDS, maioritariamente curdas e apoiadas pelos norte-americanos, lançaram, no sábado passado, uma ofensiva em direcção à cidade.
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