Na sua página oficial, o mecanismo aglutina forças progressistas da América Latina e das Caraíbas afirma que a iniciativa «Bloqueio Não, Solidariedade Sim – Nossa América pela Vida» pretende denunciar o carácter extraterritorial e a a violação do direito internacional que constitui a aplicação do bloqueio por parte de Washington.
Tal medida, defende, constitui o «principal obstáculo ao desenvolvimento económico e social de Cuba e a mais flagrante e maciça violação dos direitos humanos dos povos da Nossa América».
Depois das acções realizadas este fim-de-semana, foi convocada para 30 de Maio uma nova «caravana mundial» contra o bloqueio imposto a Cuba pelos Estados Unidos. Neste sábado e domingo, solidários em mais de uma centena de cidades de todos os continentes uniram-se na reivindicação internacional pelo fim do cerco económico, comercial e financeiro norte-americano. Sobre estas iniciativas, o presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, escreveu no Twitter: «o protesto mundial contra o bloqueio tornou-se uma onda imparável»; «hoje são milhares, amanhã serão milhões e um dia será toda a humanidade. Não há crime que dure cem anos, nem povo soberano que aceite sujeitar-se». De acordo com o Instituto Cubano de Amizade com os Povos (ICAP), os manifestantes solidários com Cuba mobilizaram-se em caravanas de automóveis, motos e bicicletas, realizaram concentrações e levaram a cabo campanhas nas redes sociais, erguendo uma «maré de solidariedade» contra o cerco, refere a Prensa Latina. Organizações e amigos do povo caribenho espalhados pelo mundo, deputados, académicos, cubanos residentes no estrangeiro, entre outros, transmitiram mensagens em prol da eliminação da agressão promovida pelos Estados Unidos. Só neste país houve acções em 13 estados e mais de duas dezenas de cidades, tendo sido divulgados vídeos dos participantes em Miami e Tampa (Florida), Alabama, Washington, Indiana, Tennessee, Illinois, Michigan, Geórgia, Califórnia, Connecticut e Wisconsin. A Assembleia Geral da ONU voltou a aprovar, de forma esmagadora, a resolução que pede o fim do bloqueio a Cuba. A diplomacia cubana sublinhou o «indiscutível isolamento dos Estados Unidos». A resolução «Necessidade de pôr fim ao bloqueio económico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos da América a Cuba» foi aprovada, esta quinta-feira, com 187 votos a favor e as abstenções da Colômbia e da Ucrânia. Apenas se opuseram ao levantamento do bloqueio os Estados Unidos, Israel e o Brasil. A Moldávia não exerceu o seu direito ao voto, pelo que não entrou na contagem da votação. Trata-se da 28.ª vez consecutiva, desde 1992, que a grande maioria dos estados-membros das Nações Unidas pede, na sua Assembleia Geral, o levantamento do cerco imposto por Washington à ilha caribenha há quase seis décadas. Na véspera do dia de votação, mais de 40 representantes de países e organizações internacionais, como o Movimento de Países Não Alinhados e o Grupo dos 77 mais China (G77+China), pronunciaram-se contra o bloqueio e exigiram o fim da sua aplicação. Diplomatas e altos representantes de vários países condenaram o recrudescimento da política hostil, bem como as medidas coercitivas unilaterais impostas pelos Estados Unidos a Cuba. Ao intervirem – lembra a Prensa Latina –, denunciaram de modo reiterado o aumento das agressões de Washington contra a maior ilha das Antilhas e sublinharam que o cerco norte-americano representa o principal obstáculo ao desenvolvimento sustentável de Cuba, constituindo além disso uma violação dos direitos humanos de todo um povo. Apesar da rejeição esmagadora do cerco a Cuba na Assembleia Geral das Nações Unidas desde 1992, a administração norte-americana não só insiste na sua política hostil como a incrementa. Para além disso, à semelhança de outros anos, os EUA voltaram a exercer fortes pressões e chantagens sobre vários países – sobretudo os latino-americanos – para que alterassem o seu posicionamento relativamente ao bloqueio. Tais medidas e manobras de bastidores foram denunciadas pelo ministro cubano dos Negócios Estrangeiros, Bruno Rodríguez, que lembrou ainda o fracasso da representação dos EUA nas Nações Unidas, o ano passado, na tentativa de emendar e alterar a natureza do documento, e, desse, modo, enfraquecer o apoio a Cuba. De acordo com dados oficiais divulgados pelas autoridades cubanas, o cerco imposto por Washington a Cuba há quase seis décadas provocou prejuízos superiores a 922 630 000 000 de dólares. No entanto, destacou o diplomata cubano, «os danos humanos causados por essa política genocida são incalculáveis». No debate sobre a resolução, o ministro cubanos dos Negócios Estrangeiros afirmou que os Estados Unidos não têm «qualquer autoridade moral para criticar o seu país ou outro qualquer em matéria de direitos humanos», tendo apresentado diversos dados sobre pobreza, desigualdade, apoios sociais, saúde, educação, violência, racismo ou repressão que fazem dos EUA um dos maus exemplos, a nível mundial, no que aos direitos humanos respeita. Na sua conta de Twitter, Bruno Rodríguez, referiu-se ainda à votação como «uma outra contundente vitória de Cuba, do seu povo heróico», que reflecte um «indiscutível isolamento dos EUA». Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. Os presentes defenderam a normalização das relações com Cuba, sem medidas de acosso, com base no respeito pela soberania, criando «Pontes de Amor», nome do projecto que promove estas caravanas internacionais, segundo revelou o ICAP. Em sete cidades da China, houve iniciativas de apoio a Cuba, bem como nas cidades canadianas de Victoria, Vancouver, Montreal e Winnipeg. Na Europa, ouviram-se vozes contra o bloqueio na Bélgica, Portugal, Suécia, Irlanda, Espanha, Reino Unido, Itália, Dinamarca, Rússia e em 15 cidades da Alemanha. Também no Irão, Seychelles, Guiné-Bissau, Zâmbia, Tanzânia, Angola, Etiópia, República Dominicana, Panamá, Argentina, Brasil, Uruguai e Colômbia se condenou a hostilidade da Casa Branca, enquanto no México se realizou o XXV Encontro nacional de solidariedade com Cuba. Na Ilha, indica a Prensa Latina, houve caravanas nas províncias de Las Tunas, Guantánamo, Villa Clara e no município especial Isla da Juventud, uma regata nas águas da Baía de Havana e, a nível nacional, realizou-se um «tuìtaço» contra o bloqueio. Movimentos solidários como o Projecto Pontes de Amor, o Canal Europa por Cuba, Unblock Cuba, entre outros, sublinharam que não vão cessar as actividades de denúncia até que acabe a agressão norte-americana. Além da convocatória para 30 de Maio, já se preparam acções para Junho, mês em que será apresentado na Assembleia Geral das Nações Unidas o projecto de resolução de Cuba contra o cerco de Washington. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Internacional|
Mais de cem cidades acolheram mobilizações pelo fim do bloqueio a Cuba
Internacional|
O mundo novamente com Cuba
Fortes pressões e chantagens dos EUA
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«O mundo vive o impacto da crise multidimensional, agravada pela pandemia do Covid-19 e pelas políticas neoliberais, que colocam o mercado acima da vida do ser humano, ao invés de a cooperação e a solidariedade prevalecerem», denuncia o organismo criado em 1990, lembrando que, na pandemia, em vez da suspensão das medidas unilaterais contra Cuba, se assistiu ao seu agravamento.
O bloqueio «nesta era de Covid-19 não é apenas um crime de guerra de acordo com os parâmetros da Convenção de Genebra (1949); conforme definido pela Comissão de Direito Internacional das Nações Unidas, é também é um crime contra a humanidade», alerta o Foro de São Paulo.
Ao contrário do bloqueio económico, comercial e financeiro dos EUA, «o que Cuba oferece à humanidade é solidariedade e cooperação. A sua brigada médica solidária oferece serviços médicos em mais de 40 países e a Ilha está também produzindo as primeiras vacinas candidatas da América Latina e das Caraíbas», lembra o organismo, destacando que «a chave para superar este momento difícil é a cooperação e a solidariedade».
Presidente cubano agradece solidariedade contra o bloqueio
Através da sua conta de Twitter, o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, agradeceu esta segunda-feira a quem exigiu, no dia anterior, o fim do bloqueio económico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos ao seu país há quase seis décadas.
O chefe de Estado escreveu: «Obrigado a todos os que ontem deixaram o seu descanso de domingo e foram para as ruas, com sol ou frio, de cidades distantes, para criar Pontes de Amor e exigir em todas as línguas o fim de um crime que dura há demasiado tempo.»
A Assembleia Geral da ONU voltou a aprovar, de forma esmagadora, a resolução que pede o fim do bloqueio a Cuba. A diplomacia cubana sublinhou o «indiscutível isolamento dos Estados Unidos». A resolução «Necessidade de pôr fim ao bloqueio económico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos da América a Cuba» foi aprovada, esta quinta-feira, com 187 votos a favor e as abstenções da Colômbia e da Ucrânia. Apenas se opuseram ao levantamento do bloqueio os Estados Unidos, Israel e o Brasil. A Moldávia não exerceu o seu direito ao voto, pelo que não entrou na contagem da votação. Trata-se da 28.ª vez consecutiva, desde 1992, que a grande maioria dos estados-membros das Nações Unidas pede, na sua Assembleia Geral, o levantamento do cerco imposto por Washington à ilha caribenha há quase seis décadas. Na véspera do dia de votação, mais de 40 representantes de países e organizações internacionais, como o Movimento de Países Não Alinhados e o Grupo dos 77 mais China (G77+China), pronunciaram-se contra o bloqueio e exigiram o fim da sua aplicação. Diplomatas e altos representantes de vários países condenaram o recrudescimento da política hostil, bem como as medidas coercitivas unilaterais impostas pelos Estados Unidos a Cuba. Ao intervirem – lembra a Prensa Latina –, denunciaram de modo reiterado o aumento das agressões de Washington contra a maior ilha das Antilhas e sublinharam que o cerco norte-americano representa o principal obstáculo ao desenvolvimento sustentável de Cuba, constituindo além disso uma violação dos direitos humanos de todo um povo. Apesar da rejeição esmagadora do cerco a Cuba na Assembleia Geral das Nações Unidas desde 1992, a administração norte-americana não só insiste na sua política hostil como a incrementa. Para além disso, à semelhança de outros anos, os EUA voltaram a exercer fortes pressões e chantagens sobre vários países – sobretudo os latino-americanos – para que alterassem o seu posicionamento relativamente ao bloqueio. Tais medidas e manobras de bastidores foram denunciadas pelo ministro cubano dos Negócios Estrangeiros, Bruno Rodríguez, que lembrou ainda o fracasso da representação dos EUA nas Nações Unidas, o ano passado, na tentativa de emendar e alterar a natureza do documento, e, desse, modo, enfraquecer o apoio a Cuba. De acordo com dados oficiais divulgados pelas autoridades cubanas, o cerco imposto por Washington a Cuba há quase seis décadas provocou prejuízos superiores a 922 630 000 000 de dólares. No entanto, destacou o diplomata cubano, «os danos humanos causados por essa política genocida são incalculáveis». No debate sobre a resolução, o ministro cubanos dos Negócios Estrangeiros afirmou que os Estados Unidos não têm «qualquer autoridade moral para criticar o seu país ou outro qualquer em matéria de direitos humanos», tendo apresentado diversos dados sobre pobreza, desigualdade, apoios sociais, saúde, educação, violência, racismo ou repressão que fazem dos EUA um dos maus exemplos, a nível mundial, no que aos direitos humanos respeita. Na sua conta de Twitter, Bruno Rodríguez, referiu-se ainda à votação como «uma outra contundente vitória de Cuba, do seu povo heróico», que reflecte um «indiscutível isolamento dos EUA». Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Internacional|
O mundo novamente com Cuba
Fortes pressões e chantagens dos EUA
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Este fim-de-semana, mobilizações realizadas em mais de 70 cidades do mundo reflectiram o repúdio pela política de Washington, no âmbito da Terceira Caravana Mundial contra o bloqueio, promovida pelo projecto solidário Pontes de Amor.
O coordenador principal da iniciativa, Carlos Lazo, convocou para 20 de Junho uma nova mobilização internacional contra o bloqueio, três dias antes da votação na Assembleia Geral das Nações Unidas do projecto de resolução que Cuba apresentará contra as medidas coercivas impostas pela Casa Branca, indica a Prensa Latina.
De acordo com as autoridades cubanas, entre Abril de 2019 e Março de 2020, a agressão norte-americana à Ilha provocou perdas superiores a 5,5 mil milhões de dólares – valor recorde para um ano – e os danos acumulados em seis décadas ascendem a 144 413 000 000 de dólares.
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