A vacina de subunidades baseada em proteínas recombinantes foi aprovada pelo regulador, anunciou esta quarta-feira o seu principal promotor, o Instituto de Microbiologia, ligado à Academia das Ciências da China.
De acordo com a Xinhua, a vacina (Células CHO) completou a primeira e a segunda fases dos testes clínicos em Outubro do ano passado, sendo que os resultados apoiam a segurança e a imunogenicidade do produto, sem informação de reacções adversas severas.
O nível de anticorpos neutralizantes provocados pelas Células CHO é comparável ao de outras vacinas contra o novo coronavírus a nível internacional a partir de proteínas recombinantes e de ARNm, refere ainda a agência, de acordo com uma declaração do instituto.
Os investigadores têm estado a realizar os testes da terceira fase desde Novembro de 2020, na China, no Uzbequistão, no Paquistão, no Equador e na Indonésia. Prevêem envolver nesse processo cerca de 29 mil adultos.
Dentro das suas capacidades, a China continuará a fornecer vacinas anti-Covid-19 a vários países, sobretudo países em desenvolvimento, e a contribuir para a construção da saúde para todos. O anúncio da ajuda chinesa foi feito esta segunda-feira por um representante do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Wang Wenbin, numa conferência de imprensa em que se referiu à concretização da primeira doação de vacinas contra a Covid-19 a um país estrangeiro. «Um carregamento de vacinas Covid-19 doadas pelo governo chinês ao Paquistão chegou à sua capital, Islamabad, esta segunda-feira de manhã», disse Wang, citado pelo Global Times. Ontem, um avião IL-76, da Força Aérea do Paquistão, aterrou em Islamabad com um lote de meio milhão de doses de vacinas Sinopharm doadas pela China. A este propósito, Wang Wenbin disse que a cooperação entre os dois países «reflecte a assistência mútua sincera» entre parceiros estratégicos e também os esforços de ambos no sentido de promover as vacinas como um bem público global. Além do Paquistão, a China está igualmente a fornecer ajuda a outros 13 países em desenvolvimento – Brunei, Nepal, Filipinas, Myanmar (antiga Birmânia), Camboja, Laos, Sri Lanka, Mongólia, Palestina, Bielorrússia, Serra Leoa, Zimbabwe e Guiné Equatorial –, e irá ajudar outros 38 numa fase posterior, revelou o funcionário. Reafirmando o empenho da China em fazer das vacinas contra a Covid-19 um «bem público global», Wang disse que o seu país irá contribuir para que as vacinas se tornem acessíveis nos países em desenvolvimento e sublinhou que a China «está a participar activamente na iniciativa Covax, liderada pela Organização Mundial da Saúde (OMS)», com vista a um acesso equitativo às vacinas a nível mundial e a fornecer milhares de milhões de doses a países em desenvolvimento. O representante do Ministério dos Negócios Estrangeiros destacou o facto de a China apoiar as empresas nacionais na cooperação que mantêm com as suas parceiras internacionais ao nível da pesquisa, do desenvolvimento e produção conjunta de vacinas. Lembrou, além disso, que a China exportou vacinas Sinopharm e Sinovac contra a Covid-19 para diversos países, incluindo o Brasil, o Chile, os Emirados Árabes Unidos, a Indonésia, Marrocos e a Turquia. «A China também apoiou empresas destacadas na exportação de vacinas para países que delas necessitavam com urgência, que reconheceram as vacinas chinesas e autorizaram a sua utilização», disse Wang, acrescentando que aumentou o número de países que aprovaram as vacinas chinesas. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Internacional|
China compromete-se a fornecer vacinas a países em desenvolvimento
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No passado dia 1 de Março, a substância foi aprovada no Uzbequistão, tendo obtido a aprovação para uso de emergência na China no dia 10.
A vacina de subunidades baseada em proteínas recombinantes não necessita de um laboratório de bio-segurança de alto grau para ser produzida e pode alcançar rapidamente uma produção em grande escala. É também mais rentável e fácil de armazenar e transportar, ainda segundo o comunicado do instituto.
A vacina foi desenvolvida conjuntamente pelo Instituto de Microbiologia e a empresa Anhui Zhifei Longcom Biopharmaceutical. Trata-se da primeira vacina de subunidades baseada em proteínas recombinantes contra a Covid-19 a ser aprovada a nível mundial para a investigação clínica e é a quarta contra o novo coronavírus a ser autorizada na China para uso de emergência.
No meio da corrida mundial às vacinas...
Em plena corrida global às vacinas anti-Covid-19, a China possui 17 candidatas, com várias tecnologias, tendo administrado as quatro até agora autorizadas a quase 65 milhões de pessoas no país, no contexto de um programa de uso de emergência aberto em Julho, informa a Prensa Latina.
O país asiático enviou os produtos que desenvolveu para 69 países em desenvolvimento, como forma de ajuda, tem acordos de exportação para outros 43 e prevê fornecer dez milhões de doses à aliança Covax.
Além disso, refere ainda a agência cubana, o Ministério Público, o Ministério da Segurança Pública (Interior) e as embaixadas chinesas estão a unir esforços para neutralizar a fraude e o contrabando de substâncias falsas, um negócio que prolifera a preços exorbitantes.
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