Comentando o envio de mais dois navios militares norte-americanos para o Mar do Sul da China, Ren Guoqiang, porta-voz do Ministério chinês da Defesa, disse ontem em conferência de imprensa que estas acções dos Estados Unidos evidenciam a sua «mentalidade hegemónica» e a sua política de «dois pesos e duas medidas», informa a agência Xinhua.
«Os Estados Unidos apresentam-se a si mesmos como um "árbitro" na questão do Mar do Sul da China, mas, na verdade, perturbam a paz regional, minam a cooperação regional e instigam tensões internacionais», disse Ren.
Acrescentou que, graças aos esforços conjuntos da China e dos países da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN, na sigla em inglês), a situação no Mar do Sul da China é estável, de um modo geral, e que, na sequência de «negociações de relevo», tem sido alcançado um progresso significativo.
Neste sentido, Ren exigiu à Casa Branca que acabe com as provocações militares na região e deixe de instigar desavenças entre os países realmente envolvidos na questão e que apenas a eles diz respeito.
Se os EUA mantiverem a sua política hostil, a China tomará medidas de maior peso para proteger com firmeza a sua soberania, a segurança e a paz regional, advertiu.
Reforçar a cooperação para travar a hegemonia e o unilateralismo
As provocações militares e a insistência da Casa Branca em intrometer-se nos assuntos internos da China – como o Tibete, Hong Kong e Xinjiang – coloca as relações bilaterais numa das suas piores fases, e, recentemente, o ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, alertou que a acção beligerante dos EUA empurra o mundo para uma guerra fria.
Na mesma ocasião, o diplomata chinês sublinhou que o seu país responderá de forma veemente a cada acção beligerante de Washington, tendo denunciado que a Casa Branca está empenhada em minar os interesses e legítimos direitos da China.
Numa declaração realizada na passada terça-feira, Wang pediu à comunidade internacional que consolide a solidariedade e a cooperação, como forma de travar uma possível guerra fria, os conflitos e os confrontos alimentados por um punhado de políticos norte-americanos com fins eleitorais, refere a Prensa Latina.
«Tolerar o acosso não nos porá a salvo. Todos os países devem agir para resistir a qualquer manobra unilateral e hegemónica, e salvar a paz e o desenvolvimento a nível mundial», disse.
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