Xi Jinping pediu a toda a sociedade que promova de forma vigorosa o conceito de «águas claras e montanhas exuberantes» como bens inestimáveis, refere a Xinhua.
O «apelo» do também secretário-geral do Comité Central do Partido Comunista da China (PCC) foi feito por ocasião do Dia Nacional da Ecologia, que esta terça-feira se assinalou pela primeira vez no país do Extremo Oriente.
A decisão de designar 15 de Agosto como Dia Nacional da Ecologia foi tomada numa sessão do Comité Permanente da XIV Assembleia Popular Nacional, em Junho deste ano.
Há 20 anos, havia quem se recusasse a lavar aqui a hortaliça. Nos últimos anos, as autoridades investiram quase cem milhões de dólares no saneamento, melhorando a vida da população e protegendo o turismo. Durante a sua visita à Região Autónoma Zhuang de Guangxi (Sul da China), o presidente chinês, Xi Jinping, destacou, esta segunda-feira, a importância de proteger e «jamais danificar» o sistema ecológico do Rio Linjiang, a que se referiu como «um tesouro único na China e no mundo», indica a Xinhua. O Rio Lijiang, com um comprimento superior a 400 quilómetros, ladeado por montanhas cársticas cobertas de vegetação densa, é hoje um dos «pontos quentes» do turismo na região de Guilin e no país. Nos guias turísticos, nos blogues de viagens e nalguns meios de comunicação ocidentais, o rio é apontado como um dos mais bonitos do mundo e mais adequados para os viajantes, atraindo milhões de visitantes todos os anos. As autoridades da província de Sichuan e da região autónoma de Guangxi anunciaram a eliminação da pobreza nos seus territórios. O governo chinês tem como meta erradicar a pobreza do país até final do ano. A Região Autónoma Zhuang de Guangxi (Sul da China) conseguiu varrer a pobreza dos seus 54 distritos, depois de eliminar o fenómeno nos últimos oito onde persistia, segundo anunciou o governo regional esta sexta-feira. Num comunicado, as cidades de Liuzhou, Baise e Hechi, onde se encontram esses oito distritos, foram aconselhadas a manter os esforços com vista a consolidar as conquistas alcançadas na luta contra a pobreza e a evitar que a população caia novamente na miséria, informa a agência Xinhua. As autoridades desta região no Sudoeste da China, cujas zonas montanhosas foram durante muito tempo uma «cidadela de pobreza extrema», declararam na passada terça-feira que tinham conseguido libertar deste flagelo todo o seu território. O governo provincial de Sichuan indicou que sete distritos da Prefeitura Autónoma Yi de Liangshan foram os últimos da província a sair da lista nacional de pobreza. Em Liangshan vive o grupo mais numeroso da comunidade Yi em toda a China. Dos 5,3 milhões de habitantes, 2,8 milhões pertencem a esse grupo, refere a Xinhua. A mesma fonte indica que a prefeitura combatia há muito a pobreza extrema – uma tarefa dificultada pelo terreno montanhoso. Em 2013, a região registava 881 mil pessoas em situação de pobreza. Nos últimos cinco anos, a prefeitura levou a cabo uma grande campanha contra a pobreza, construindo mais de 10 mil quilómetros de caminhos rurais, mudando 350 mil habitantes para novas casas, financiadas pelo governo, e ajudando 215 aldeias a desenvolver a sua economia colectiva. Mais de 11 mil funcionários foram enviados para as aldeias para apoiar os esforços de luta contra a pobreza e, no fim do ano passado, a taxa de pobreza em Liangshan tinha sido reduzida para 4%, de acordo com o governo da provícia de Sichuan. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. A paisagem idílica, no condado de Yangshuo, está impressa na parte de trás das notas de 20 yuans e Li Fang – como o fazem tantos outros turistas – tirou uma destas notas para a usar numa foto com o seu marido, tendo a paisagem em frente. «As montanhas verdes e as águas límpidas são pitorescas, e eu gostei bastante do ambiente enquanto descia o rio numa jangada», disse Li, com 32 anos. Uma avaliação nacional da água divulgada pelo Ministério da Ecologia e do Ambiente em meados de Abril colocou o Rio Lijiang entre os dez melhores do país em termos de qualidade ambiental hídrica no primeiro trimestre deste ano, revela a Xinhua. O cenário era bem diferente há apenas duas décadas. A paisagem idílica actual na região de Guilin contrasta fortemente com a de há 20 anos, quando ali se sentiam os impactos da poluição e da desflorestação. Explorações pecuárias de suínos e restaurantes despejavam as águas residuais no rio, e os barcos da extracção de areia também contaminavam a água, explica a agência. «Nós não queríamos lavar a hortaliça no rio», lembra Li Yingrong, um aldeão da região. Em busca de maiores benefícios económicos, os habitantes costumavam queimar as plantas nos montes ao longo do rio para ali cultivar safras comerciais, como laranjeiras. «A desflorestação e a recuperação danificavam o solo e a água. Depois das chuvas fortes, na temporada de enchentes, a água do rio tornava-se lamacenta», disse Yang Lihua, chefe do Partido no município de Xingping, no condado de Yangshuo, lembrando como se passavam as coisas quando assumiu o cargo. Em 2012, afirma a agência, a China avançou com a visão da construção de uma «China Bonita», na qual o progresso ecológico era parte do seu plano integrado de desenvolvimento. Nesse mesmo ano, entraram em vigor os primeiros regulamentos regionais sobre protecção ecológica e ambiental do Rio Lijiang, destacando a coexistência harmoniosa entre o homem e a natureza. Para proteger o rio, os governos locais implementaram uma série de políticas e medidas, além de levarem a cabo esforços abrangentes com vista à redução da poluição, que passaram pelo encerramento de fábricas poluentes e a adopção de medidas severas contra a extracção ilegal de areia. Pedreiras, restaurantes de peixe, explorações de suínos e instalações de aquacultura perto das margens do rio foram fechadas, revela a Xinhua. Mo Bikun, funcionário responsável pelo tratamento de esgotos no Gabinete de Gestão do Projecto de Drenagem de Guilin, disse que a cidade gastou 619 milhões de yuans (cerca de 95 milhões de dólares) na construção e no melhoramento da rede de esgotos, entre 2015 e 2020, para evitar que a água suja fosse parar ao Rio Lijiang. Melhor ambiente, mais turistas e receitas. Em 2019, Guilin recebeu 138 milhões de turistas, gerando um consumo de de 187,4 mil milhões de yuans, mais 26,7% e 34,7% que em 2018, respectivamente. «O rio mais limpo não deliciou apenas os turistas nacionais e estrangeiros, pois melhorou também a "satisfação de viver" da população», disse Mo. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. 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Rio Lijiang espelha os avanços da China a nível ecológico
Internacional|
Guangxi e Sichuan erradicam a pobreza de todos os seus distritos
Também na província de Sichuan
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Poluição, desflorestação, extracção ilegal de areia
Proteger o rio com medidas concretas e grande investimento público
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«A conservação ecológica é de importância vital para o desenvolvimento sustentável da nação chinesa», afirmou Xi, considerando-a «uma questão política importante, que diz respeito à missão e ao objectivo do PCC, bem como uma questão social importante, que diz respeito ao bem-estar público».
«Na nova etapa de construção de um país socialista moderno em todos os aspectos, devem ser feitos esforços com vista a manter a determinação estratégica no avanço do progresso ecológico e promover o desenvolvimento de alta qualidade, em sincronia com a protecção de elevado nível», disse Xi, citado pela Xinhua.
Segundo refere a agência estatal, a propósito do Dia Nacional da Ecologia, o país asiático tem em vigor mais de 30 leis, cerca de 100 regulamentos administrativos e múltiplas normas a nível local centradas na protecção ambiental.
Desde o XVIII Congresso do Partido Comunista da China, em 2012, foram formuladas e revistas 19 leis deste âmbito, que contribuem para a protecção e a construção de sistemas de conservação ecológica.
Também se registaram grandes avanços no que respeita à diminuição das emissões de dióxido de carbono, e a taxa de cobertura de cobertura florestal, segundo refere o China Daily, atingiu os 24%, com 231 milhões de hectares.
As pesquisas geológicas contribuíram significativamente para a redução da pobreza na China, com a implementação de medidas criativas nos últimos anos, revelaram fontes do Ministério dos Recursos Naturais. «Um estudo geológico, que é utilizado para determinar os recursos naturais de uma certa área analisada, agora também ajudou a retirar [população] da pobreza, ao transferir recursos naturais para indústrias rentáveis e melhorar as condições de vida das pessoas», disse Wu Dengding, funcionário da Pesquisa Geológica da China, organização integrada no Ministério dos Recursos Naturais, revela a edição online do China Daily. Nas províncias de Jiangxi (Leste do país) e de Guizhou e Yunnan (Sudoeste), e na Região Autónoma Zhuang de Guangxi (Sul), que estão a sofrer de falta de água devido às condições geológicas, os especialistas ajudaram a encontrar mais de 1600 nascentes, que proporcionam cerca de 200 mil metros cúbicos de água potável por dia, revelou Wu. Graças à pesquisa geológica, foram construídas mais de 300 zonas de demonstração, que abrangem uma área com 1,53 milhões de hectares de terra, para promover as indústrias agrícolas em regiões ricas em selénio, como Jiangxi, Yunnan, Guizhou e Heilongjiang (província no Nordeste da China). Além disso, profissionais do Ministério deram apoio técnico a essas regiões pobres, bem como métodos preventivos para reduzir as perdas relacionadas com desastres geológicos, referiu Wu. Nas regiões com esplêndidas formas geológicas, desenvolveu-se o turismo como forma de dinamizar as economias locais, disse o funcionário. A China tem actualmente mais de 2000 locais com grande potencial geoturístico, de acordo com o Ministério dos Recursos Naturais. Até ao momento, 44 sítios foram registados com êxito como relíquias naturais ou geoparques, e dez aldeias foram registadas como locais turísticos para viagens geográficas, noticia o China Daily. Nos últimos cinco anos, as pesquisas geológicas também ajudaram a encontrar mais de 420 minas, o que criou mais oportunidades de trabalho e levou ao aumento dos rendimentos das populações, segundo Wu. Em declarações recentes à imprensa, o vice-ministro dos Recursos Naturais, Zhuang Shaoqin, disse que a pesquisa geológica é uma medida criativa que contribui para o trabalho de redução da pobreza, «que nos deu mais possibilidades de alcançar o desenvolvimento sustentado e verde do país». Além de aproveitar as pesquisas geológicas, o Ministério tomou diversas medidas para lutar contra a pobreza, disse Zhuang, tendo as regiões mais pobres sido alvo de políticas preferenciais no que respeita à aplicação do uso da terra. Também foram abordados com celeridade os pedidos de propriedade imobiliária aos residentes que se mudaram de áreas remotas para aldeias recém-construídas, pelo que – afirmou Zhuang – no final de Junho do próximo ano todas as famílias realojadas devem ter recebido os seus certificados. «Vamos explorar mais ainda o potencial dos recursos naturais e procurar mais formas de fazer com que as águas límpidas e as montanhas frondosas sejam tesouros do povo», disse Zhuang, tendo acrescentado que, nos próximos anos, os «esforços também irão contribuir para a construção de aldeias mais belas em todo o país». Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Internacional|
China: estudos geológicos assumem papel importante na redução da pobreza
Envolvimento dos Recursos Naturais no combate à pobreza
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A mesma fonte destaca que as autoridades do país, que tem mais de um quarto da sua superfície coberta por desertos e enfrenta problemas graves de desertificação, aprovaram planos para a combater.
A meta é, de acordo com o plano estabelecido, restaurar com pastagens e florestas 6,7 milhões de hectares de áreas desérticas até 2025. Até 2030, prevê-se que o combate à desertificação tenha alcançado uma área de 12,4 milhões de hectares.
Num país onde a poluição do ar continua a ser um problema sério, ontem, Xi pediu que «sejam realizados esforços para promover a transição para métodos de produção e estilos de vida verdes e com baixo teor de carbono, de modo a acelerar o avanço da modernização com harmonia entre a humanidade e a natureza», para «construir uma China bela em todos os aspectos».
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