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Comunidade científica no Panamá reclama maior apoio para o sector

Membros da comunidade científica panamenha realizaram, este domingo, a Marcha pela Ciência, exigindo maior atenção e investimento para um sector que consideram crucial para o desenvolvimento do país.

A primeira Marcha pela Ciência no Panamá realizou-se em 2017, na sequência de cortes orçamentais ao sector 
CréditosElysée Fernández / La Prensa

Na Cidade do Panamá, centenas de pessoas juntaram-se para participar na oitava Marcha pela Ciência, denunciando o baixo orçamento que é destinado anualmente à área da ciência, tecnologia e inovação, destacando a necessidade de uma maior dotação orçamental e sublinhando que o sector detém um papel-chave no desenvolvimento nacional.

Segundo refere o diário La Prensa, as promessas da actual administração, liderada por Laurentino Cortizo, de aumentar para 1% do PIB o investimento público no sector não saíram do papel.

Dados divulgados pela Secretaria Nacional da Ciência, Tecnologia e Inovação (Senacyt) indicam que o Panamá destina cerca de 0,13% do PIB a essa área.

Em declarações ao La Prensa, o titular da Senacyt, Eduardo Ortega Barría, afirmou que o país centro-americano é um dos que menos investem em investigação e desenvolvimento na região da América Latina e Caraíbas.

Já em 2022, Ortega Barría havia alertado que a meta de 1% do PIB dificilmente seria atingida na actual administração, apesar de a «comunidade científica ter mostrado claramente o seu valor em momentos de crise de saúde pública, social e económica como a que foi gerada pela pandemia».

Entre outros aspectos, a comunidade científica panamenha reclamou, este domingo, o reforço do orçamento destinado à área de Ciência, Tecnologia e Inovação // Elysée Fernández / La Prensa

Por seu lado, a presidente da Ciencia Panamá, Ivonne Torres Atencio, defendeu a importância de sensibilizar a sociedade para o papel que a evidência científica assume na solução dos graves problemas que afligem o país.

Segundo explicou, a organização a que preside prevê apresentar uma proposta de compromisso, que deverá ser assumida pelo governo que sair das eleições que têm lugar no país no próximo dia 5 de Maio, com o intuito de fortalecer o ecossistema científico e a criação de conhecimento ao serviço do desenvolvimento nacional.

Com a iniciativa, procura-se igualmente garantir uma maior dotação orçamental para o sector e a continuidade da implementação da Política de Igualdade de Género na Ciência, Tecnologia e Inovação 2040 (aprovada em 2023), para diminuir as desigualdades a todos os níveis.

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