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Cuba anuncia desarticulação de plano terrorista organizado a partir dos EUA

O plano terrorista, organizado e financiado a partir dos EUA, foi desmantelado por forças do Ministério do Interior (Minint), na sequência de uma investigação realizada por órgãos competentes.

Ministério do Interior, em Havana Créditos / PL

De acordo com a informação divulgada este domingo pelo diário Granma, a investigação levada a cabo pelos órgãos especializados do Minint permitiu conduzir à detenção do cidadão Ardenys García Álvarez, que entrou ilegalmente em Cuba e trouxe para o país caribenho armas de fogo e munições, por via marítima, bem como à de outras pessoas envolvidas, residentes na Ilha.

O texto precisa que García Álvarez, que havia emigrado para os Estados Unidos da América de forma ilegal em 2014, era o principal executor num plano de recrutamento com vista à consecução de acções violentas no país.

A este propósito, o Minint recorda que, em Dezembro do ano passado, o governo cubano publicou na Gaceta Oficial de la República a lista de pessoas e entidades que patrocinam o terrorismo contra Cuba.

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Cuba continua a enfrentar acções de violência instigadas e financiadas nos EUA

Uma reportagem especial da TV cubana evidenciou o apoio da «máfia terrorista de Miami» a várias acções de sabotagem perpetradas em Cuba entre 2017 e 2020, com a conivência e a cumplicidade dos EUA.

O governo de Cuba classificou o descarrilamento de um comboio de carga, em Maio de 2019, com acção de sabotagem e acção de terrorismo; quatro pessoas afirmaram ter recebido «incitamento, organização e financiamento a partir da Florida», nos EUA
Créditos / periodicocubano.com

Numa mensagem publicada esta quarta-feira na sua conta de Twitter, o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, referiu-se às provas apresentadas na TV nacional e denunciou as acções violentas levadas a cabo contra o país caribenho, organizadas e financiadas a partir dos Estados Unidos.

«A violência e o terrorismo fazem parte do plano com que pretendem desestabilizar a nossa sociedade. Fica em evidência o nível moral dos mercenários e dos seus financiadores», escreveu na rede social.

Na reportagem televisiva, acessível no canal de YouTube do portal cubadebate.cu, são apresentadas provas fílmicas do incitamento a actos de sabotagem e subversão na Ilha a partir de território norte-americano, em troca de dinheiro e promessas de emigrar.

Vários cidadãos cubanos que aparecem na reportagem contam como receberam instruções e dinheiro de pessoas e organizações radicadas no Sul da Florida (EUA), para provocarem incêndios em instalações comerciais e de serviços em Havana.


Entre os alvos contavam-se viaturas, consultórios médicos e centros educativos. De acordo com a reportagem, um dos envolvidos reuniu informação sobre o Sistema Eléctrico Nacional (SEN), que depois entregou a quem o contactou. Essa informação serviria para organizar, mais tarde, ataques ao SEN, ao mesmo tempo que eram divulgadas notícias falsas, para criar descontentamento e irritação.

Entre as sabotagens que chegaram a ser executadas, destaca-se o descarrilamento de um comboio de carga, proveniente do terminal de contentores de Mariel, infra-estrutura de grande importância para o país, localizada na província de Artemisa, cerca de 40 quilómetros a oeste de Havana.

As investigação do facto, ocorrido em Maio de 2019, conduziu à detenção dos quatro autores, que confirmaram o incitamento, a organização e o financiamento a partir da Florida. No caso, envolveram-se dois cidadãos norte-americanos de origem cubana com um vasto currículo em acções criminosas.

Como eram cidadãos residentes nos Estados Unidos, as autoridades cubanas alertaram a administração norte-americana para as «acções terroristas». A reportagem denuncia, no entanto, que, dando a aparência de actuar de forma severa, as autoridades dos EUA não assumem uma atitude de combate a estes terroristas, mas antes de protecção.

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«Dois dias depois foi divulgada informação preliminar sobre a neutralização de um novo plano de recrutamento para executar acções violentas no nosso país, que pretendia realizar um cidadão cubano residente nos Estados Unidos», refere o texto publicado ontem no Granma.

De acordo com a fonte oficial, «a actuação das forças do Ministério do Interior impediu a implementação dos planos traçados, dirigidos e financiados, mais uma vez, pelos Estados Unidos e gerou um processo de investigação centrado nos factos e nas pessoas envolvidas».

O texto chama ainda a atenção para o facto de esta segunda-feira, no final do telejornal – «Emisión Estelar del Noticiero Nacional» –, a Televisão Cubana apresentar um programa especial com provas que evidenciam os planos e as acções terroristas, bem como os principais envolvidos.

Ontem à tarde, a propósito da informação divulgada pelo Granma, o ministro cubano dos Negócios Estrangeiros, Bruno Rodríguez, escreveu no Twitter (X): «Não somos um país terrorista. Fomos e somos vítimas do terrorismo», numa alusão clara à inclusão de Cuba na lista unilateral de Washington sobre países que alegadamente patrocinam o terrorismo e à exigência reiterada da retirada do país desse rol.

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