As grandes potências capitalistas do Ocidente vão começar a ter grandes dificuldades a justificar as acções do aliado Estado de Israel. O parlamento israelita aprovou, numa primeira leitura, uma lei que permite ao Ministério das Comunicações impedir as emissões em Israel de televisões estrangeiras, quando as considere uma ameaça à segurança nacional.
O critério é amplo o suficiente para poder passar por censura, já que os ministros e a maioria dos deputados israelitas consideram que tudo o que é cobertura à pretensão palestiniana de ter o seu Estado entra em conflito com a sua visão.
A norma, aprovada por 25 votos contra quatro, além de impedir as emissões, vai também permitir a apreensão do equipamento dos meios em causa e bloquear o acesso às páginas na internet dos órgãos de comunicação em causa. Para tal, o Ministério da Defesa israelita vai certificar-se previamente se as emissões representam «um prejuízo real para a segurança do Estado».
Esta lei vem na sequência da ameaça feita pelo ministro das Comunicações, Shlomo Karhi, de impedir o acesso a uma estação televisiva do Qatar, que considera que trabalha contra os interesses da defesa de Israel e «alimenta o sentimento anti-israelita».
Desde o início da intensificação da guerra contra a Palestina, só em 2023 foram mortos 68 jornalistas que se encontravam em serviço em Gaza. O objectivo israelita parece ser o silenciamento para continuar o massacre.
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