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É preciso lutar pela abolição das armas nucleares

Coincidindo com o Dia Internacional para a Eliminação Total das Armas Nucleares, o CPPC divulga um documento das organizações europeias que integram o Conselho Mundial da Paz em prol dessa luta.

Nagasaki, arrasada, após o lançamento da bomba atómica, a 9 de de Agosto de 1945
Créditos / flashbak.com

A divulgação do texto «Lutar pela Abolição de todas as Armas Nucleares!», subscrito pelo Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) e demais organizações europeias membro do Conselho Mundial da Paz (CMP), teve como propósito coincidir com a data de 26 de Setembro, que foi declarada pelas Nações Unidas como Dia Internacional para a Eliminação Total das Armas Nucleares.

Organizações europeias membros do Conselho Mundial da Paz sublinham que, «considerando a dimensão e o poder dos arsenais nucleares existentes, uma guerra nuclear entre os principais poderes nucleares não estaria limitada a reproduzir o horror vivido em Hiroxima e Nagasaki há mais de 70 anos, mas iria multiplicá-lo». E acrescentam: «Tal guerra iria comprometer a sobrevivência da própria humanidade.»

«Actualmente – lê-se no documento – existem mais de 15 mil ogivas nucleares no mundo, nos arsenais de nove países (EUA, Federação Russa, Reino Unido, França, China, Israel, Índia, Paquistão e República Popular Democrática da Coreia)», sendo que cinco países (Alemanha, Bélgica, Itália, Holanda e Turquia) «albergam formalmente armas nucleares dos EUA».

Para além disso, este tipo de arma encontra-se disperso pelo mundo em numerosas bases militares e frotas navais, particulamente dos EUA e de outros estados-membros da NATO, afirmam as organizações europeias de defesa da paz, lembrando que, «no seu conceito estratégico», os EUA admitem o uso de armas nucleares num primeiro ataque, tal como a NATO.

Para estas organizações, o Apelo de Estocolmo – «uma grande iniciativa histórica do CMP, assinado por centenas de milhares de pessoas no mundo, sobre a ameaça de uso destas armas» – continua «a servir de guia» para a sua acção, pelo que apelam «a todos os povos que amam a paz que renovem e reforcem» a exigência da abolição de todas as armas nucleares.

Neste sentido, consideram que o Tratado para a Proibição de Armas Nucleares (adoptado a 7 de Julho de 2017) é um marco no sentido da total eliminação destas armas e sublinham que a sua entrada em vigor constituiria «um passo importante» para acabar com a ameaça por elas gerada.

«No caminho necessário da defesa da paz, do desanuviamento nas relações internacionais, do fim da corrida às armas e pela promoção de passos para um desarmamento universal, simultâneo e controlado», o Tratado para a Proibição de Armas Nucleares afigura-se essencial, pelo que, defendem, «todos os estados deverão assinar o tratado para a proibição de armas nucleares sem demora».

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