Na sua conta oficial de Twitter, usando a etiqueta #CubaGanó, o presidente Díaz-Canel afirmou: «o povo disse a última palavra. A esse voto, que é extraordinário nas actuais condições do país e do mundo, apenas há um modo de responder: cumprir ao povo.»
O presidente de Cuba disse que «a nova Assembleia Nacional do Poder Popular [ANPP; Parlamento] tem pela frente os enormes desafios do país para ultrapassar a actual situação económica e social, legislando em contacto permanente com quem os elegeu».
Antes, na mesma rede social, o chefe de Estado já havia sublinhado a sua confiança no povo, que «veio defender a Revolução, apesar das medidas draconianas dos EUA, apesar da feroz campanha e os apelos ao abstencionismo».
Votaram 75,92% dos eleitores inscritos
Díaz-Canel é um dos 470 deputados eleitos na nova ANPP, na sequência das eleições celebradas na Ilha este domingo. A presidente do Conselho Eleitoral Nacional (CEN) de Cuba, Alina Balseiro, apresentou os resultados preliminares, tendo destacado que o processo decorreu em ambiente de disciplina e transparência.
Na TV nacional, a funcionária do CEN informou que exerceram o seu direito ao voto 6 164 876 eleitores, ou seja, 75,92% dos 8 120 072 constantes dos cadernos. Balseiro disse ainda que 90,28% dos votos colocados nas urnas foram válidos, enquanto 6,22% foram em branco e 3,50% foram anulados, refere o diário Granma.
Os resultados preliminares do sufrágio, disse a presidente do CEN, «validam a eleição dos 470 candidatos propostos como deputados à ANPP, com mais de 50% dos votos válidos emitidos pelos eleitores».
O processo eleitoral nacional, acrescentou, culmina com a constituição da ANPP, que tem a incumbência de eleger o presidente e o vice-presidente da República, no próximo dia 19 de Abril.
Afirmação de soberania, rejeição de ingerências
Referindo-se às eleições parlamentares, o presidente da Casa das Américas, Abel Prieto, destacou no Twitter que «fracassaram as campanhas para espalhar desconfiança, divisões e ódio entre nós».
«O povo não se deixou confundir. Não falhou a Fidel, nem a Raúl, nem a Díaz-Canel. Foi uma nova vitória da Revolução Cubana. #CubaGanó», escreveu o escritor e ex-ministro da Cultura.
Por seu lado, o ministro cubano dos Negócios Estrangeiros, Bruno Rodríguez, vincou o seu repúdio pelas declarações de funcionários da Casa Branca, na semana passada, sobre as eleições na Ilha.
O diplomata classificou tais declarações «intervencionistas e enganosas» como «inaceitáveis» e afirmou que Cuba tem «pouco ou nada a aprender com o sistema arcaico e elitista norte-americano, onde o dinheiro fala e dois partidos políticos se revezam no governo da mesma minoria».
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