O acto político e cultural teve lugar na Casa de Amizade Argentino-Cubana, em Buenos Aires, sendo também organizado pela Federación Internacional de Escritores por la Libertad (FIEL), a Organización Libres del Pueblo – Resistir y Luchar e a Frente Cultural Che Adelita.
Ali, amigos de Cuba, da Nicarágua e da Venezuela reafirmaram o seu repúdio pelas acções de desestabilização promovidas por Washington e defenderam o reforço da unidade latino-americana.
Depois das palavras de abertura, por parte de Ruben Luis Zaccaro, presidente da Casa de Amizade Argentino-Cubana, e de Leonardo Herrmann, secretário-geral da FIEL, interveio o embaixador de Cuba no país austral, Pedro Pablo Prada, sublinhando que o cerco económico, comercial e financeiro imposto à Ilha por Washington há mais de seis décadas é ilegal e inconstitucional, viola a Carta das Nações Unidas e as regras da Organização Mundial do Comércio.
Recordou ainda as 243 medidas aprovadas durante a administração de Donald Trump, que intensificaram o bloqueio, cuja face mais cruel se mostrou durante o surto epidémico de Covid-19, quando o país antilhano se viu impossibilitado de aceder a materiais médicos e mesmo a oxigénio.
«O nosso grande pecado é construir uma Revolução socialista debaixo do nariz dos Estados Unidos, defendê-la e resistir», afirmou, citado pela Prensa Latina.
Por seu lado, a embaixadora da Venezuela, Stella Lugo de Montilla, afirmou que as medidas coercivas unilaterais de Washington fazem parte de uma estratégia de dominação assente no sofrimento dos povos.
«Não cederemos à chantagem e às ameaças. Aqui continuamos e venceremos. Fazem todo o possível para esmagar a nossa economia e querem que entreguemos o governo. Pressionam-nos e procuram provocar o descontentamento nos venezuelanos. Mas para nós é "Patria o Muerte". Estamos decididos a falar com voz própria, a estar unidos e a defender os nossos países», disse a diplomata.
Já Carlos Antonio Midence, embaixador da Nicarágua, denunciou que os Estados Unidos sempre pretenderam dominar a região por via de agressões, ameaças, invasões, assédios, bloqueios, apoio a militares golpistas e outras acções.
No final da sessão, houve actuações musicais, nomeadamente de Horacio Liñan e Naya Ledesma, bem como leitura de poesia e uma performance teatral, indica o portal Resumen Latinoamericano.
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