A Protecção Civil informou que a ordem de evacuação afectava mais de 400 mil pessoas na parte oriental de Khan Younis, refere a Al Jazeera, que confirma, tal como a Wafa, que os ataques israelitas começaram pouco depois de os folhetos com essa ordem terem sido lançados.
Pelo menos 27 pessoas foram mortas e dezenas ficaram feridas como consequência dos bombardeamentos, refere a mesma fonte, acrescentando que os corpos das vítimas têm estado a chegar ao Hospital Nasser.
A unidade hospitalar na segunda maior cidade do enclave palestiniano fez um apelo urgente à doação de sangue, revelou o Ministério palestiniano da Saúde, tendo em conta que a escassez de sangue «representa uma séria ameaça para as vidas dos doentes e dos feridos, à luz dos massacres em curso perpetrados pelas forças de ocupação».
De acordo com a Wafa, as tropas israelitas também decidiram diminuir o tamanho da chamada «zona segura» de al-Mawasi, a oeste de Khan Younis e onde residem centenas de milhares de palestinianos deslocados.
Apesar do carimbo «zona segura», a área em causa foi alvo de vários ataques israelitas, incluindo um que provocou 90 mortos e 300 feridos, sob o pretexto de matar um chefe da ala militar de uma das forças da resistência.
Campo de Nuseirat atacado 63 vezes numa semana
Ontem, a Al Jazeera informou, com base em dados do gabinete de imprensa do governo palestiniano, que as forças de ocupação israelitas bombardearam o campo de refugiados de Nuseirat (em Deir al-Balah) 63 vezes no espaço de uma semana, estando a ser alvo de uma campanha de «ataques selvagens» que «não tem precedentes».
De acordo com a fonte, pelo menos 91 palestinianos foram ali mortos no período referido e mais de 250 ficaram feridos.
«O campo de refugiados de Nuseirat, onde residem 250 mil pessoas, incluindo deslocados, está a ser submetido a ataques aéreos e de artilharia, apesar de ser tão densamente habitado. A ocupação está a atingir bairros deliberadamente e casas ocupadas de modo a matar o máximo de pessoas possível», revelou a fonte.
Ataque israelita a uma caravana da ONU para a Cidade de Gaza
A denúncia foi feita esta manhã por Philippe Lazzarini, director da agência das Nações Unidas para os refugiados palestinianos (Unrwa).
Na sua conta de Twitter (X), Lazzarini afirma que uma caravana de camiões da ONU que se dirigiam para a Cidade de Gaza foi alvo de intensos ataques israelitas, apesar de os movimentos terem sido coordenados e aprovados pelas forças de ocupação.
«Um veículo foi atingido com pelo menos cinco balas, enquanto esperava à frente do ponto de controlo das forças israelitas em Wadi Gaza», disse Lazzarini.
O responsável afirmou que as equipas estavam «a viajar em carros blindados da ONU claramente assinalados e a usar coletes da ONU» e, mesmo assim, tiveram de se baixar e esconder. Exigiu que os responsáveis prestem contas.
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