O Labour, conhecido como Partido Trabalhista, está neste momento à frente das sondagens com uma distância de 20% dos conservadores que têm tido uma governação, no mínimo, atribulada. Faltando um ano para as eleições, o labour está a procurar ganhar todos os votos possíveis, mesmo que isso signifique vender alma ao diabo, algo que já fez várias vezes.
Neste sentido, Keir Starmer, líder do principal partido da oposição britânica, o Labour, fez questão de elogiar Margaret Thatcher, algo que alguns comentadores dizem que serve para roubar o eleitorado aos conservadores.
Num artigo para o jornal Sunday Telegraph, Starmer começou por escrever que «Cada momento de mudança significativa na política britânica moderna começa com a compreensão de que a política deve atuar ao serviço do povo britânico, em vez de lhe ditar as regras».
Foi então com esta premissa que o mesmo conclui que «Margaret Thatcher procurou tirar a Grã-Bretanha do seu marasmo, libertando o nosso empreendedorismo natural», prestando depois homenagem a Tony Blair e Clement Attlee.
Com isto em mente importa relembrar que a política praticada por Margaret Thatcher foi assente em privatizações, destruição de direitos laborais, elevadas taxas de desemprego, guerra e boas relações com regimes fascistas como o Chile de Pinochet.
Nada de novo debaixo do sol uma vez que Keir Starmer é um acérrimo defensor da chamada «terceira via», um desvio ainda mais de direita da social-democracia europeiaque teve como protagonistas o já referido Blair, mas também Bill Clinton como incentivador. Esta política é a que prepara a dominação que hoje temos do neoliberalismo que vigora na Europa.
Numa altura em que os conservadores conseguiram empobrecer ainda mais os trabalhadores britânicos, parece que Starmer e os trabalhistas, que são vendidos pela imprensa do grande capital como a única opção aos tories, querem continuar o rasto de destruição deixado pelos conservadores. Não estão fáceis os dias para o povo e trabalhadores do Reino Unido.
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