Luiz Inácio Lula da Silva foi preso em 7 de Abril de 2018, num momento em que as sondagens o davam como favorito às presidenciais de Outubro, tendo sido condenado por Sérgio Moro – o juiz que passou a ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro, e que, ainda na posição de magistrado, não se coibiu de afirmar a sua oposição política a Lula da Silva, violando o estatuto da isenção e imparcialidade.
Alemanha, Holanda, Austrália, Áustria, Brasil, Dinamarca, Espanha, EUA, França, Inglaterra, Itália, México, Portugal, Suécia, Suíça e Uruguai são os países anunciados na página do PT onde estão previstas acções de protesto contra a prisão política de Lula da Silva.
Na perspectiva do Colectivo Andorinha – Frente Democrática Brasileira, promotor do protesto na capital portuguesa juntamente com o Núcleo PT em Lisboa, são «365 dias de injustiça».
Se, por um lado, a libertação do ex-presidente do Brasil se opõe a uma agenda neo-liberal em curso, assente em pilares como as privatizações e a redução de direitos sociais, por outro, o processo que levou à sua condenação não respeitou regras elementares de um Estado de Direito. Houve desconsideração de provas e recusa de diligências requeridas pela sua defesa no chamado «caso triplex», em que Lula da Silva foi acusado de receber um apartamento triplex por contrapartidas dadas a uma construtora.
Como explicou ao Brasil de Fato, o advogado do ex-presidente, Cristiano Zanin Martins, «a acusação não fez qualquer prova de culpa do ex-presidente Lula». Afirma que a «sentença condenatória, assim como a confirmação dela pelo segundo grau deu-se fundamentalmente com base num depoimento de um corréu, ou seja, um depoimento prestado sem o compromisso com a verdade, e por uma pessoa claramente interessada em obter benefícios do Ministério Público».
Por outro lado, aclara o advogado, «nós fizemos a prova durante diversas audiências, após a audição de 73 testemunhas, de que o ex-presidente Lula não praticou qualquer acto ilícito, não praticou nenhum acto de ofício, não recebeu qualquer contrapartida, ao contrário do que foi afirmado pela denúncia feita pelo Ministério Público».
As concentrações nacionais realizam-se entre as 16h e as 19h, na Praça Luís de Camões, em Lisboa, e na Praça 8 de Maio, em Coimbra.
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